Um dos grandes males da democracia representativa é que, muitas vezes, os representantes se esquecem de que eles é que têm o poder para decidir e que o poder que os representados lhes atribuem é para resolverem o que há para resolver.
Melhores práticas 1.
“Olá a todos. Obrigado por estarem aqui. Eu acredito que este ano, em Sacramento, vamos fazer história. Ao usar uma estratégia integrada, baseada na responsabilidade partilhada onde todos fazem a sua parte, nós resolveremos o problema do sistema de saúde da Califórnia e criaremos um modelo que o resto da nação possa seguir.”
Quem nos fala assim é Arnold Schwarzenegger,
o «Governador do Povo»! A Califórnia tem a melhor assistência e tecnologia médica no mundo, mas a sua sustentabilidade financeira está posta em causa. Mais de 6.5 milhões de californianos não têm seguro de saúde (quase 1/5 da população) cabendo aos restantes pagar as suas contas.
Quanto se dirigem aos serviços de saúde «entopem o sistema» e cerca de 60 unidades fecharam, a década passada, porque não se quiseram manter a tratar de não segurados.
A solução de Schwarzenegger é que
todos na Califórnia devem ter seguro de saúde. A saúde é universal! O que na concepção californiana passa a significar que se você não tiver recursos para ter um seguro, o estado ajudar-lhe-á a comprá-lo. Há 13 anos
Hillary Clinton teve esse sonho mas,
diz quem sabe, perdeu-se nos corredores burocráticos da Casa Branca e o melhor que conseguiu produzir foi um relatório de 1300 páginas. Curiosamente, ou não, são os Republicanos a colocar em prática a filosofia (apelidada de esquerda nos EUA) de uma cobertura universal no modelo de financiamento dos cuidados de saúde: primeiro, no Massachussets (cujo ex-governador
Mitt Romney com aspirações à Casa Branca
já fez lembrar a paternidade) e, agora, na Califórnia, com Schwarzenegger que já trabalha
com os olhos em 2016 (não, não é só para os jogos olímpicos).
Melhores práticas 2.
A 30 de Novembro passado, a
Lei da Promoção da Autonomia Pessoal e Assistência a Pessoas Dependentes concretizava-se e com ela o compromisso do
Governo de Zapatero para com aqueles cidadãos maiores dependentes. Esta Lei,
beneficia quase 1 milhão e meio de cidadãos espanhóis e,
proporcionará assistência personalizada, ajudas para a acessibilidade doméstica e prestações económicas em função do grau de incapacidade e do poder aquisitivo do beneficiário. Considerada como "
a lei social mais importante da legislatura", a «Lei da Dependência» recorda-nos que todos podemos vir a ser pessoas dependentes (um acidente, uma doença ou a própria idade) e necessitar de apoios que nos garantam continuar a usufruir de uma vida condigna.