O Chá Verde no seu exercício cartesiano antes do voto consultou os programas eleitorais do PS e do PSD. Dos respectivos calhamaços há vários anos que o primeiro capítulo que analiso é o da Autonomia. Estou preparado para tudo, mas este ano trouxe surpresas.
Assim, num acto que penso ser o cumprir de um dever cívico, disponibilizo n'O Bule do Chá os capítulos dos dois maiores partidos referentes às autonomias. A conclusão que tiro é que anda alguém a brincar com os Açorianos. Oh Campeões da Autonomia, depois não digam que tiveram azar ...Apre!!!!
segunda-feira, janeiro 31
CHÁ DAS CINCO #20
Adesão razoável = foi tão mau tão mau que nem divulgamos os números dos votantes e os respectivos resultados? Ou vão fazer uma conferência de imprensa com pompa e circunstância?
domingo, janeiro 30
É d'HOMEM #21
À atenção dos srs. Deputados Regionais:
"Continua a ser mais fácil reivindicar, discutir ou simplesmente afirmar poderes do que exercê-los. Por isso está o parlamento regional sem que fazer, ao menos no curto prazo – quando bem podia reformular, por exemplo, a actual manta de retalhos que é a disciplina do arrendamento rural. Mas não. Às armas pois, autonomistas! Às verbais, claro, que não custam mais do que expiração via cordas vocais ou dedos à solta num teclado. Não às outras, as que custam, e puxam pela inteligência – e sobretudo pela vontade."
Álvaro Monjardino, União dia 29 de Janeiro de 2004.
"Continua a ser mais fácil reivindicar, discutir ou simplesmente afirmar poderes do que exercê-los. Por isso está o parlamento regional sem que fazer, ao menos no curto prazo – quando bem podia reformular, por exemplo, a actual manta de retalhos que é a disciplina do arrendamento rural. Mas não. Às armas pois, autonomistas! Às verbais, claro, que não custam mais do que expiração via cordas vocais ou dedos à solta num teclado. Não às outras, as que custam, e puxam pela inteligência – e sobretudo pela vontade."
Álvaro Monjardino, União dia 29 de Janeiro de 2004.
CHÁ DAS CINCO #19
"Os pilares desconhecidos, aqueles que cimentam e potenciam a Agricultura, o Turismo e o Investimento Externo, aqueles que representam num só conceito, QUALIDADE: são o Ambiente, a Investigação e Inovação Tecnológica, a Cooperação Inter-regional.
Nunca, como agora, foi tão decisiva uma abordagem a estas colunas do desenvolvimento, que, na minha perspectiva, quiçá sonhadora, constituem os factores de diferença que permitirão a validade da sustentabilidade económico-financeira e sócio-cultural da Região, a médio e longo prazo, evitando que a realidade estruturalmente deficitária que o país atravessa se reflicta e condicione determinantemente o futuro regional."
QUA-LI-DA-DE, a seguir na íntegra n'O BULE DO CHÁ
Nunca, como agora, foi tão decisiva uma abordagem a estas colunas do desenvolvimento, que, na minha perspectiva, quiçá sonhadora, constituem os factores de diferença que permitirão a validade da sustentabilidade económico-financeira e sócio-cultural da Região, a médio e longo prazo, evitando que a realidade estruturalmente deficitária que o país atravessa se reflicta e condicione determinantemente o futuro regional."
QUA-LI-DA-DE, a seguir na íntegra n'O BULE DO CHÁ
sexta-feira, janeiro 28
POST(AL) AUTONÓMICO #7
“(…) A defesa da Autonomia obriga, também, a que elevemos o tom das nossas discussões. Só assim poderemos conferir ao conceito e à realidade da Autonomia aquela mesma nobreza que possuem os conceitos de Democracia e Liberdade.
A extrema proximidade de alguns factos, que confunde analistas com actores, prejudica a cientificidade dos juízos. Todavia, o entendimento da autonomia obriga a que se faça a subtracção de carga sentimental ao debate. A título de exemplo, importa que nunca mais se faça a adjectivação da autonomia. Num passado algo mais distante, falou-se muito de “Autonomia progressiva”, de “autonomia tranquila”. Praticamente no presente, tem-se falado de “Nova Autonomia”, de “Autonomia cooperativa”. Deixemos cair todos estes adjectivos! Não falemos mais em “autonomia progressiva”, uma expressão que gerou desconfiança na comunidade portuguesa. Não falemos mais em “autonomia tranquila”, uma expressão que significa uma capitulação desnecessária. Não vale a pena falar de “nova autonomia”, porque importa que ela tenha raízes bem antigas. Não vale a pena falar de autonomia cooperativa, porque a cooperação tem que ser uma característica intrínseca de todo o processo autonómico. Esforcemo-nos, tão só, para que a autonomia seja sempre Regional – de todas as ilhas sem excepção – seja sempre Constitucional, isto é, que seja inscrita no texto regulador da nossa vida colectiva.(…)”
“Os sentidos de uma comemoração: da Invocação do Espírito Santo à Veneração da Autonomia”, Avelino de Meneses no dia 9 de Junho de 2003, dia da Região Autónoma do Açores.
(Porque «Autonomia» não é palavra de romance de cordel, e porque parece-me que andam por aí alguns esquecidos. Bom fim-de-semana!)
CHÁ DAS CINCO #18
Contributo do Estado da Região para o meu estado de espírito:
1- Maravilhado!
2- A sorrir!
3- A rir!
4- A gargalhar!
5- Lavado em lágrimas!
6- Surpreso!
7- Menente!
8- Estupefacto!
9- Sem palavras!
Obrigado Estado da Região por me ter esclarecido em quem NÃO devo votar dia 20!
1- Maravilhado!
2- A sorrir!
3- A rir!
4- A gargalhar!
5- Lavado em lágrimas!
6- Surpreso!
7- Menente!
8- Estupefacto!
9- Sem palavras!
Obrigado Estado da Região por me ter esclarecido em quem NÃO devo votar dia 20!
quinta-feira, janeiro 27
CHÁ COM TORRADAS #27
Política esquizofrénica:
Pires de Lima: Acordo com PSD é para cumprir
Morais Sarmento explica que carta a Pires de Lima foi uma "nota de surpresa"
SANTANA LOPES : Carta de Sarmento reafirma acordo pós-eleitoral
NARANA COISSORÓ: PSD está a enfraquecer pacto com CDS-PP
Freitas do Amaral vota PS
(E está uma bela ventania lá fora ...)
Pires de Lima: Acordo com PSD é para cumprir
Morais Sarmento explica que carta a Pires de Lima foi uma "nota de surpresa"
SANTANA LOPES : Carta de Sarmento reafirma acordo pós-eleitoral
NARANA COISSORÓ: PSD está a enfraquecer pacto com CDS-PP
Freitas do Amaral vota PS
(E está uma bela ventania lá fora ...)
quarta-feira, janeiro 26
CHÁ DAS CINCO #17
Tenho procurado estar minimamente atento aos órgãos de comunicação social mas, não encontrando referências expressas, uma dúvida assalta-me:
Quantas sessões de esclarecimento já promoveu o PSD/A tendo em vista o referendo de dia 29 sobre o sistema eleitoral?
Quantas sessões de esclarecimento já promoveu o PSD/A tendo em vista o referendo de dia 29 sobre o sistema eleitoral?
POST(AL) AUTONÓMICO #6
Hino dos Açores
Deram frutos a fé e a firmeza
no esplendor de um cântico novo:
os Açores são a nossa certeza
de traçar a glória de um povo.
Para a frente! Em comunhão,
pela nossa autonomia.
Liberdade, justiça e razão
estão acesas no alto clarão
da bandeira que nos guia.
Para a frente!Lutar, batalhar
pelo passado imortal.
No futuro a luz semear,
de um povo triunfal.
De um destino com brio alcançado
colheremos mais frutos e flores;
porque é esse o sentido sagrado
das estrelas que coroam os Açores.
Para a frente, Açorianos!Pela paz à terra unida.
Largos voos, com ardor, firmamos,
para que mais floresçam os ramos
da vitória merecida.
Para a frente! Lutar, batalhar
pelo passado imortal.
No futuro a luz semear,
de um povo triunfal.
(E que tal falarem menos e trabalharem mais?)
Deram frutos a fé e a firmeza
no esplendor de um cântico novo:
os Açores são a nossa certeza
de traçar a glória de um povo.
Para a frente! Em comunhão,
pela nossa autonomia.
Liberdade, justiça e razão
estão acesas no alto clarão
da bandeira que nos guia.
Para a frente!Lutar, batalhar
pelo passado imortal.
No futuro a luz semear,
de um povo triunfal.
De um destino com brio alcançado
colheremos mais frutos e flores;
porque é esse o sentido sagrado
das estrelas que coroam os Açores.
Para a frente, Açorianos!Pela paz à terra unida.
Largos voos, com ardor, firmamos,
para que mais floresçam os ramos
da vitória merecida.
Para a frente! Lutar, batalhar
pelo passado imortal.
No futuro a luz semear,
de um povo triunfal.
(E que tal falarem menos e trabalharem mais?)
terça-feira, janeiro 25
CHÁ DAS CINCO #16
Para não variar o homem perdeu-se nas vírgulas, esqueceu-se na história, trocou-se nos conceitos, disse o que não queria, não disse o que devia...BOLSOU, SUJOU O BABETE! AI JORGINHO...
CHÁ COM TORRADAS #26
segunda-feira, janeiro 24
É d'HOMEM #20
O sr. Lopes na sua entrevista ao Expresso da Meia-Noite, 6.a-feira, na SIC-Notícias, não sei bem se na pele de Primeiro-Ministro, se de presidente do PPD/PSD, repetiu a palavra "Eu":
a) 2345 vezes?;
b) 5437 vezes?;
c) 12 436 vezes e só não foram mais porque o tempo não permitiu?;
A quem acertar oferece-se uma nomeação em Diário da República até 20 de Fevereiro.
a) 2345 vezes?;
b) 5437 vezes?;
c) 12 436 vezes e só não foram mais porque o tempo não permitiu?;
A quem acertar oferece-se uma nomeação em Diário da República até 20 de Fevereiro.
CHÁ COM TORRADAS #25
"Liceu 89/98 velha guarda"
Pode ler-se nuns tapumes em frente ao «cemitério dos ingleses» junto ao Jácome Correia.
Não pude deixar de sorrir ...a tradição ainda é o que era!
Pode ler-se nuns tapumes em frente ao «cemitério dos ingleses» junto ao Jácome Correia.
Não pude deixar de sorrir ...a tradição ainda é o que era!
quinta-feira, janeiro 20
CHÁ DAS CINCO #15
"A autonomia está a atravessar um novo ciclo"
Em entrevista ao Expresso das 9, Laborinho Lúcio continua o seu esforço de aproximação da figura do Representante da República à de Presidente da República e perspectiva o que poderá vir a ser o Congresso da Cidadania que se inicia segunda-feira.
PURO PRAZER #59
La Muneca, Fernando Botero
Mulheres
Aqui estão, espraiadas, as mulheres. Viram-se e reviram-se sobre as toalhas para bem se tisnarem por todos os lados. Trazem sacos e maridos para a areia. E os filhos. De repente, sentam-se. E gritam: Ó Luís Vítor, ó Bruno Manuel, ó Fernando Jorge, ó Mafalda Sofia, ó Joana Filipa! Maternais e enfastiadas, vigiam os pequenos. Ralham com os maridos como se estivessem a cantar uma canção de trabalho. Querem-nos à mão.
Entram no mar pé ante pé. Quando a primeira onda lhes dá uma umbigada, soltam um bando de gritinhos. Afoitam-se, cabeça muito levantada para que a cabeleira não se molhe. E, então, começam a sorrir. Não há, nesse momento, quem as arranque do mar. Mas, com a muita, muita água, um pensamento indesejável assalta-lhes as imaginativas cabecinhas: o peixe que, do largo, pode vir, ligeiro, engolfar-se-lhes entre as coxas.
Regressam às toalhas, aos guarda-sóis. Chamam, pelos seus nomes aos pares, os pares de crianças. Esbofeteiam-nas, beijam-nas, prodigalizam-lhes sanduíches de areia. Entretanto, os maridos foram dar uma volta.
Mulheres! Afinal sempre sozinhas sob a rosa do sol...
Uma Coisa em Forma de Assim, Alexandre O'Neill.
(E porque hoje é dia das Amigas, venha daí uma filhó de forno ...)
quarta-feira, janeiro 19
PURO PRAZER #58 (Act.)
Urgentemente
É urgente o amor.
É urgente um barco no mar.
É urgente destruir certas palavras,
ódio, solidão e crueldade,
alguns lamentos,
muitas espadas.
É urgente inventar alegria,
multiplicar os beijos, as searas,
é urgente descobrir rosas e rios
e manhãs claras.
Cai o silêncio nos ombros e a luz
impura, até doer.
É urgente o amor, é urgente
permanecer
(Nos 82 anos, Eugénio de Andrade, aqui e aqui, dedicado ao meu Amigo José Lino)
PURO PRAZER #57
terça-feira, janeiro 18
CHÁ DAS CINCO #14
PORTUGAL, HOJE - O MEDO DE EXISTIR, José Gil
Depois da dose dupla de Compromisso Portugal no domingo, e da dose quadrupla de senadores ontem à noite, instei-me a ler a entrevista de José Gil (a última edição da revista francesa "Nouvel Observateur" considera-o um dos "25 grandes pensadores de todo o mundo") à Pública deste fim-de-semana, que aconselho, e da qual deixo, como aperitivo, este início:
"Pública - Depois da leitura do seu livro, é impossível não se ficar deprimido.
José Gil - Hesitei muito antes de o publicar. Decidi fazê-lo, porque acho que estas coisas devem dizer-se publicamente, e não apenas em circuitos fechados, como habitualmente. E também porque penso ter encontrado um fio condutor, que dá unidade a tudo o que afirmo.
P. - É aquilo a que chama "não inscrição". Que significa?
R. - Significa que os acontecimentos não influenciam a nossa vida, é como se não acontecessem. Por exemplo, quando uma pessoa ama, esse sentimento não afecta a outra pessoa, objecto do amor. Quando acabamos de ver um espectáculo, não falamos sobre ele. Quando muito, dizemos que gostámos ou não gostámos, mais nada. Não tem nenhum efeito nas nossas vidas, não se inscreve nelas, não as transforma. Ainda outro exemplo: o primeiro-ministro, Santana Lopes, classificou a dissolução da Assembleia da República pelo Presidente como "enigmática". Não disse que era incorrecta ou injusta, mas "enigmática", o que é a forma mais eficaz de a transformar em não-acontecimento.
P. - E, não tendo acontecido, ninguém é responsável.
R. - Exactamente. Pode-se continuar como se nada se tivesse passado. Os acontecimentos não se inscrevem em nós, nem nas nossas vidas, nem nós nos inscrevemos na História. Por isso, em Portugal nada acontece. (...)"
segunda-feira, janeiro 17
CHÁ DAS CINCO #13
O PedroGomes anuncia pomposamente:
«REFERENDO SOBRE AS GRANDES OPÇÕES POLÍTICAS PARA A REVISÃO DA LEI ELEITORAL PARA A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DOS AÇORES
1. A alteração da Lei eleitoral para a Assembleia Legislativa, de modo a melhorar a proporcionalidade, deve:
a) Diminuir um Deputado por cada ilha?
b) Aumentar o número de Deputados?
2. Para além dos actuais 9 círculos eleitorais - um por ilha - concorda com a criação de outros círculos eleitorais para os residentes nos Açores:
a) Círculos concelhios?
b) Círculo de compensação?»
Sobre isto tenho a fazer:
Uma questão:
Em 15 dias a direcção do PSD/A vai conseguir ilucidar os sociais-democratas sobre os conteúdos, causas e consequências das perguntas do referendo?
Um comentário:
Colocar o círculo regional de compensação em confronto com a divisão por concelhos, como não acredito seja por ignorância,deve ser uma declaração não séria, como bem sabem, e se não sabem passam a saber, os pressupostos de ambos são diferentes: o primeiro assenta na proporcionalidade global do sistema, os segundos na relação eleitor-eleito, logo o círculo regional de compensação deveria estar em avaliação na primeira pergunta do referendo.
Uma questão:
Como é que se coadunam os círculos por concelhos com os «actuais 9 círculos eleitorais - um por ilha» (sic)?
Outra questão:
Pelo modo como o PSD está a tratar a revisão do sistema eleitoral quer ser levado a sério?
«REFERENDO SOBRE AS GRANDES OPÇÕES POLÍTICAS PARA A REVISÃO DA LEI ELEITORAL PARA A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DOS AÇORES
1. A alteração da Lei eleitoral para a Assembleia Legislativa, de modo a melhorar a proporcionalidade, deve:
a) Diminuir um Deputado por cada ilha?
b) Aumentar o número de Deputados?
2. Para além dos actuais 9 círculos eleitorais - um por ilha - concorda com a criação de outros círculos eleitorais para os residentes nos Açores:
a) Círculos concelhios?
b) Círculo de compensação?»
Sobre isto tenho a fazer:
Uma questão:
Em 15 dias a direcção do PSD/A vai conseguir ilucidar os sociais-democratas sobre os conteúdos, causas e consequências das perguntas do referendo?
Um comentário:
Colocar o círculo regional de compensação em confronto com a divisão por concelhos, como não acredito seja por ignorância,deve ser uma declaração não séria, como bem sabem, e se não sabem passam a saber, os pressupostos de ambos são diferentes: o primeiro assenta na proporcionalidade global do sistema, os segundos na relação eleitor-eleito, logo o círculo regional de compensação deveria estar em avaliação na primeira pergunta do referendo.
Uma questão:
Como é que se coadunam os círculos por concelhos com os «actuais 9 círculos eleitorais - um por ilha» (sic)?
Outra questão:
Pelo modo como o PSD está a tratar a revisão do sistema eleitoral quer ser levado a sério?
CHÁ COM TORRADAS #24
Declaração de interesses:
Tenho elevada estima pessoal por Victor Cruz, considero-o uma excelente pessoa, mas é um político fora do seu tempo, infelizmente para ele, para o PSD/A e para os Açores:
"Mais Açores melhor autonomia"
Onde? Tentei seguir o congresso pelo excelente serviço público que prestou a RDP/A e não ouvi uma palavra para os Açores, uma ideia para a Autonomia...ou alguém com honestidade intelectual considera que dizer «não queremos uma grande autarquia mas um pequeno estado» é uma grande inovação?
(já agora alguém me arranja a moção? é que no site ...nada)
"Somos os campeões da Autonomia"
Para esta tenho o Pedro Gomes "ninguém é dono da Autonomia!".
Melhor fora que tivesse juízo e ouvisse os recados de Reis Leite quanto à perda de protagonismo do PSD/A nas últimas revisões constitucionais.
Lançar Mota Amaral como candidato que encerra as «justas aspirações autonómicas dos Açores» é uma deslealdade, para o próprio que, como candidato presidencial, não se pode ater a essa singularidade, para a autonomia que, enquanto desígnio colectivo, não pode ser instrumentalizada em favor de um projecto partidário.
Tenho elevada estima pessoal por Victor Cruz, considero-o uma excelente pessoa, mas é um político fora do seu tempo, infelizmente para ele, para o PSD/A e para os Açores:
"Mais Açores melhor autonomia"
Onde? Tentei seguir o congresso pelo excelente serviço público que prestou a RDP/A e não ouvi uma palavra para os Açores, uma ideia para a Autonomia...ou alguém com honestidade intelectual considera que dizer «não queremos uma grande autarquia mas um pequeno estado» é uma grande inovação?
(já agora alguém me arranja a moção? é que no site ...nada)
"Somos os campeões da Autonomia"
Para esta tenho o Pedro Gomes "ninguém é dono da Autonomia!".
Melhor fora que tivesse juízo e ouvisse os recados de Reis Leite quanto à perda de protagonismo do PSD/A nas últimas revisões constitucionais.
Lançar Mota Amaral como candidato que encerra as «justas aspirações autonómicas dos Açores» é uma deslealdade, para o próprio que, como candidato presidencial, não se pode ater a essa singularidade, para a autonomia que, enquanto desígnio colectivo, não pode ser instrumentalizada em favor de um projecto partidário.
sexta-feira, janeiro 14
PURO PRAZER #56
Saraband, Ingmar Bergman
Quando somos muito fortes, - quem recua? muito alegres, - quem cai no ridículo?
Quando somos muito maus, - que fariam de nós?
Alindai-vos, bailai, desatai a rir.- Eu nunca poderei atirar o Amor pela janela.
Iluminações, Jean-Arthur Rimbaud
(Cenas da vida conjugal 30 anos depois...Bom fim-de-semana!)
É d'HOMEM #19
Notícia RDP/A às 8h30:
«António Ventura vai avançar com uma candidatura à liderança da concelhia do PSD de Angra.»
Então o sr. Ventura não era Independente no dia 17 de Outubro?
«António Ventura vai avançar com uma candidatura à liderança da concelhia do PSD de Angra.»
Então o sr. Ventura não era Independente no dia 17 de Outubro?
quinta-feira, janeiro 13
quarta-feira, janeiro 12
PURO PRAZER #54
Baran, Majid Majidi
Estava a ver que não o via ...Hoje, no Ramo Grande ,mesmo sem estar agendado, viva a cultura!
CHÁ COM TORRADAS #22 (Act.)
Um homem passa os dias mergulhado em papéis, mas depois quando levanta a cabeça lê e ouve coisas que o deixam chateado.
Quando ouço e leio a propósito da revisão do sistema eleitoral «O trabalho que agora apresentamos é o primeiro tornado público sobre a matéria» poderia concluir tratar-se de uma declaração não séria, mas lembrando 28 de Dezembro de 2003 quando o mesmo diário tinha em caixa «PSD/A propõe dez círculos. O PSD pretende criar um "Círculo Regional de Compensação", para as eleições legislativas nos Açores» começo a pensar que talvez esteja perante mais uma atabalhoada tentativa de reescrever a história.
Atabalhoada porque o que ali se propõe nem é novo nem é possível:
1- Em 1987 na sua proposta de Código Eleitoral Jorge Miranda defendia a criação de círculos eleitorais por referência a autarquias locais ou conjuntos de autarquias locais de modo a que o número de eleitores fosse o mais homogéneo possível;
2- Penso ter sido o também o MPT (ou o sr. Moniz) a avançarem com a divisão da ilha de S.Miguel em várias círculos;
3- O aumento de 2 deputados em S.Miguel e 1 na Terceira não é novidade alguma, já foram tornadas públicas várias posições nesse sentido (Reis Leite) e o PS/A apresentou uma proposta na Comissão com essa possibilidade (lembro que o PS/A apresentou 3 propostas de revisão do sistema eleitoral)
4- A proposta apresentada é incoerente:
a) não estende essa divisão por concelhos a todo o arquipélado;
b) querendo aproximar o eleitor do eleitorado deveria propor círculos menores;
c) não resolve a questão da sobre-representatividade das ilhas mais pequenas;
d) não se coaduna com a revisão constitucional, onde há uma imposição clara à manutenção da realidade de ilha no sistema eleitoral dos Açores;
e) discorre em sentido contrário à tendência agregadora global do sistema eleitoral (arquipélago vs ilhas) introduzindo mais um ponto de fractura (concelhos).
Tudo isto conjugado leva-me a lembrar o seguinte, para os mais distraídos:
a) O Vent(ilha)dor já esclareceu tecnicamente a proposta do círculo regional de compensação do PS/A
b) como bem lembra o Vent(ilhador) e como já defendi no Bule do Chá, este círculo regional de compensação pode ser usado quer com um aumento quer com a diminuição dos parciais das ilhas;
c) o círculo regional não é um círculo de restos mas sim um círculo de apuramento dos votos de todo o arquipégago;
d) o círculo de restos não se adequa ao método de Hondt (vejamos os restos em ilhas como faial, pico ou sjorge podem ser maiores que os restos de smiguel ou terceira dependendo do último parcial para o último deputado apurado nessas ilhas, isso não resolveria a sobre-representação das ilhas mais pequenas, pelo contrário)
e) O único trabalho que reconheço seriedade na abordagem do círculo regional de compensação é o aqui presente, leiam e penso que ficarão esclarecidos.
Quanto ao mais ...venham propostas sérias que o Presidente da Comissão vai estar atento, certo? Bom dia!
Quando ouço e leio a propósito da revisão do sistema eleitoral «O trabalho que agora apresentamos é o primeiro tornado público sobre a matéria» poderia concluir tratar-se de uma declaração não séria, mas lembrando 28 de Dezembro de 2003 quando o mesmo diário tinha em caixa «PSD/A propõe dez círculos. O PSD pretende criar um "Círculo Regional de Compensação", para as eleições legislativas nos Açores» começo a pensar que talvez esteja perante mais uma atabalhoada tentativa de reescrever a história.
Atabalhoada porque o que ali se propõe nem é novo nem é possível:
1- Em 1987 na sua proposta de Código Eleitoral Jorge Miranda defendia a criação de círculos eleitorais por referência a autarquias locais ou conjuntos de autarquias locais de modo a que o número de eleitores fosse o mais homogéneo possível;
2- Penso ter sido o também o MPT (ou o sr. Moniz) a avançarem com a divisão da ilha de S.Miguel em várias círculos;
3- O aumento de 2 deputados em S.Miguel e 1 na Terceira não é novidade alguma, já foram tornadas públicas várias posições nesse sentido (Reis Leite) e o PS/A apresentou uma proposta na Comissão com essa possibilidade (lembro que o PS/A apresentou 3 propostas de revisão do sistema eleitoral)
4- A proposta apresentada é incoerente:
a) não estende essa divisão por concelhos a todo o arquipélado;
b) querendo aproximar o eleitor do eleitorado deveria propor círculos menores;
c) não resolve a questão da sobre-representatividade das ilhas mais pequenas;
d) não se coaduna com a revisão constitucional, onde há uma imposição clara à manutenção da realidade de ilha no sistema eleitoral dos Açores;
e) discorre em sentido contrário à tendência agregadora global do sistema eleitoral (arquipélago vs ilhas) introduzindo mais um ponto de fractura (concelhos).
Tudo isto conjugado leva-me a lembrar o seguinte, para os mais distraídos:
a) O Vent(ilha)dor já esclareceu tecnicamente a proposta do círculo regional de compensação do PS/A
b) como bem lembra o Vent(ilhador) e como já defendi no Bule do Chá, este círculo regional de compensação pode ser usado quer com um aumento quer com a diminuição dos parciais das ilhas;
c) o círculo regional não é um círculo de restos mas sim um círculo de apuramento dos votos de todo o arquipégago;
d) o círculo de restos não se adequa ao método de Hondt (vejamos os restos em ilhas como faial, pico ou sjorge podem ser maiores que os restos de smiguel ou terceira dependendo do último parcial para o último deputado apurado nessas ilhas, isso não resolveria a sobre-representação das ilhas mais pequenas, pelo contrário)
e) O único trabalho que reconheço seriedade na abordagem do círculo regional de compensação é o aqui presente, leiam e penso que ficarão esclarecidos.
Quanto ao mais ...venham propostas sérias que o Presidente da Comissão vai estar atento, certo? Bom dia!
segunda-feira, janeiro 10
PURO PRAZER #53
Cena Erótica, Picasso
Janelas Altas
Quando vejo um casal de miúdos
E percebo que ele a anda a foder e ela
Usa um diafragma ou toma a pílula
Sei que isto é o paraíso
Com que os velhos sonharam toda a vida -
Compromissos e gestos postos de lado
Que nem debulhadora fora de moda,
E toda a gente nova a descer pelo escorrega,
Interminavelmente, para a felicidade. Será
Que alguém olhou para mim, há quarenta anos,
E pensou: Isso é que vai ser boa vida;
Nada de Deus, ou suores nocturnos,
Ou medo do inferno, ou ter de esconder
Do padre aquilo que se pensa. Ele
E a malta dele, c'um raio, hão-de ir todos pelo escorrega
Abaixo, livres que nem pássaros? E de imediato,
Em vez de palavras, vêm-me à ideia janelas altas:
O vidro que acolhe o sol, e mais além
O ar azul e profundo, que não revela
Nada e está em lado nenhum e não tem fim.
Janelas Altas, Philip Larkin. Ed. Cotovia, 2004.
sexta-feira, janeiro 7
PURO PRAZER #52
San Benedetto, J.M. William Turner
“(…) As observações e os encontros do homem solitário são a um tempo mais confusos e prementes do que os do homem mundano, os seus pensamentos mais graves, surpreendentes e nunca isentos de um traço de tristeza. Imagens e percepções, que um olhar, um sorriso, uma troca de impressões levariam a ignorar, ocupam-no sobremaneira, ganham profundidade no silêncio, ganham sentido, tornam-se vivência, aventura, sensação. A solidão é propícia ao original, ao estranhamento e ousadia do belo, à poesia. Mas gera também o perverso, o monstruoso, o absurdo e o ilícito. (…)”
Morte em Veneza, Thomas Mann. Ed. Relógio d’Água, 2004.
(Entretanto parece que não é só o André que nos quer dar música, estejam atentos amanhã aos brindes destes e destes senhores. Bom fim-de-semana!)
É d'HOMEM #17
O presidente da República, Jorge Sampaio, defende que o sistema político deve ser alterado para facilitar a criação de maiorias absolutas na Assembleia da República
(E passados 9 anos sobre Belém desceu um estrela plena de luz...)
(E passados 9 anos sobre Belém desceu um estrela plena de luz...)
quinta-feira, janeiro 6
É d'HOMEM #16
"Não esperava perder por tantos votos”
O Sr. Cruz amanhã na edição em papel do Expresso das 9, ou ainda hoje pela tardinha na edição on-line.
O Sr. Cruz amanhã na edição em papel do Expresso das 9, ou ainda hoje pela tardinha na edição on-line.
quarta-feira, janeiro 5
PURO PRAZER #51
Coucher de soleil sur la Seine, effect d'hiver. Claude Monet
O que me faz lembrar o «Just a perfect day...» do Lou Reed
terça-feira, janeiro 4
PURO PRAZER #50
You are Hamlet, prince of Denmark. You may have
the power to do great things, but do not let
indecision weaken your resolve. Be careful to
not allow other people's problems to become
your own, and don't steriotype people.
Whatever path you choose to take in life,
beware of neglecting those who care about you.
Which Shakespearian Tragic Hero are You?
Pronto tá destinado, tá destinado, alguém viu por aí uma caveira?
Via (Indis)Pensáveis
CHÁ DAS CINCO #12
Dão-se alvíssaras a quem me conseguir explicar:
1- Porque é que o Sr. Cruz insiste em ir em 2.º lugar na lista de canditados do PSD/A às legislativas nacionais?
2- Como é que se está a sentir o PSD/Terceira com a candidatura do sr. Neves por Portalegre, quando já andavam a anunciar publicamente a sua proto-candidatura à CMAH?
3- Porque é que o sr. Gusmão deixou de ser cabeça de lista às legislativas nacionais em favor do sr. Barata?
1- Porque é que o Sr. Cruz insiste em ir em 2.º lugar na lista de canditados do PSD/A às legislativas nacionais?
2- Como é que se está a sentir o PSD/Terceira com a candidatura do sr. Neves por Portalegre, quando já andavam a anunciar publicamente a sua proto-candidatura à CMAH?
3- Porque é que o sr. Gusmão deixou de ser cabeça de lista às legislativas nacionais em favor do sr. Barata?
segunda-feira, janeiro 3
PURO PRAZER #48
The Pleiades Star Cluster
Estrelas
O azul do céu precipitou-se na janela. Uma vertigem, com certeza.
As estrelas, agora, são focos compactos de luz que a transparência variável das vidraças acumula ou dilata. Não cintilam porém.
Chamo um astrólogo amigo:
«Então?»
«O céu parou. É o fim do mundo.»
Mas outro amigo, o inventor de jogos, diz-me:
«Deixe-o falar. Incline a cabeça para o lado, altere o ângulo de visão.»
Sigo o conselho: e as estrelas rebentam num grande fulgor, os revérberos embatem nos caixilhos que lembram a moldura dum desenho infantil.
Trabalho Poético, Carlos Oliveira. Assírio & Alvim, 2003.
(...ou o esboço para uma crónica de passagem de ano)
domingo, janeiro 2
CHÁ COM TORRADAS #20
"(...) Causam-me alguns engulhos que a Região querendo resolver um problema (e precisa resolvê-lo) avance na perspectiva menos onerosa a curto prazo. O cerne da questão deveria, aqui, ser: Queremos menos, melhores e mais bem remunerados deputados? Consensos precisam-se(...)"
(Nada como começar o ano com uma boa provocação, agitar as águas, O SISTEMA para seguir n' O BULE DO CHÁ)
(Nada como começar o ano com uma boa provocação, agitar as águas, O SISTEMA para seguir n' O BULE DO CHÁ)
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