sexta-feira, outubro 29
PURO PRAZER #18
O Viandante sobre um mar de névoa, Friedrich
«Porque eu sou do tamanho do que vejo
E não do tamanho da minha altura.»
Frases como estas, que parecem crescer sem vontade que as houvesse dito, limpam-me de toda a metafísica que espontaneamente acrescento à vida. Depois de as ler, chego à minha janela sobre a rua estreita, olho o grande céu e os muitos astros, e sou livre com um esplendor alado cuja vibração me estremece no corpo todo.
«Sou do tamanho do que vejo!» Cada vez que penso esta frase com toda a atenção dos meus nervos, ela me parece mais destinada a reconstruir consteladamente o universo. «Sou do tamanho do que vejo!» Que grande posse mental vai desde o poço das emoções profundas até às altas estrelas que se reflectem nele, e, assim, em certo modo, ali estão.
E já agora, consciente de saber ver, olho a vasta metafísica objectiva dos céus todos com uma segurança que me dá vontade de morrer cantando. «Sou do tamanho do que vejo!» E o vago luar, inteiramente meu, começa a estragar de vago o azul meio-negro do horizonte.
Tenho vontade de erguer os braços e gritar coisas de uma selvajaria ignorada, de dizer palavras aos mistérios altos, de afirmar uma nova personalidade larga aos grandes espaços da matéria vazia.
Mas recolho-me e abrando. «Sou do tamanho do que vejo!» E a frase fica-me sendo a alma inteira, encosto a ela todas as emoções que sinto, e sobre mim, por dentro, como sobre a cidade por fora, cai a paz indecifrável do luar duro que começa largo com o anoitecer.
Bernardo Soares, in Livro do Desassossego. Obras de Fernando Pessoa. Ed. Assírio & Alvim, pag. 80.
(O Chá Verde deseja um bom fim-de-semana alargado à blogosfera, recomendando a quem está na Ilha Terceira isto ou isto e a quem está na Ilha de São Miguel isto e isto e mais isto)
CHÁ QUENTE # 13 (act.)
New EU flag, Rem Koolhaas
Roma, 47 anos depois.
“Quando uma ideia corresponde à necessidade do momento, deixa de pertencer aos homens que a inventaram e é mais forte do que aqueles que estão encarregados dela. Apesar de ser natural que encontre resistências, de não ser raro que seja atrasada pelas circunstâncias, nem por isso perde as suas oportunidades de vingar.”
In Memórias, Jean Monnet. Ed. Ulisseia, 2004, pag. 516.
1- Entretanto a imprensa submete-se ao teste do algodão do reforço da legitimidade democrática nas instituições europeias.
Passam com distinção:
Finantial Times - Wolfgang Munchau: A victory for EU democracy
El País - Editorial: Está viva
Le Monde - Editorial: Europe et démocratie
Visãoonline - Pedro Vieira: Crise? Não, democracia
Chumba vergonhosamente:
Público – José Manuel Fernandes: Uma Evolução Preocupante
Diário de Notícias - Francisco Sarsfield Cabral: Valeu a pena?
2- Tendo em conta o que aconteceu ao sr. Buttiglione o Chá Verde já começa a interpretar melhor a opção estética do arquitecto Kolhaas
quinta-feira, outubro 28
CHÁ QUENTE #12
As rãs andavam muito preocupadas porque viviam sem Rei, por isso pediram a Zeus que lhes arranjasse um. Zeus percebeu a ingenuidade das rãs e lançou ao lago um tronco de árvore. No começo as rãs, ficando apavoradas com o barulho da água produzido pela queda do tronco, mergulharam. Um pouco depois, vendo que o tronco não se movia, vieram à superfície e subiram ao tronco. Afinal aquele Rei não prestava, concluíram, e lá foram pedir outro Rei a Zeus. Mas Zeus, que já tinha perdido a paciência, mandou-lhes uma cegonha, que num instante as devorou a todas.
As rãs à procura de um Rei, in Fábulas de Esopo
quarta-feira, outubro 27
CHÁ VERDE PURO #1
Foto de Gilberto Nóbrega
“(…) Esta terra abençoada produz tudo; dá nos sítios ricos o café, o amendoim, o ananás, dá o chá, e por toda a parte os frutos do continente. Corri a ver as culturas do chá e do ananás, que desconhecia, e fiquei surpreendido com aqueles pomares anainhos dispostos em renques pelas colinas fora. De quando em quando uma acácia moluçana dá a sombra que esta variedade de camélia exige. Pelo meio das moutas bandos de raparigas apanham folhas tenras, deitando-as para um pequeno cesto enfiado no braço. A planta, assim constantemente sacrificada de Maio até Setembro, e que teima em respirar e viver, deita mais rebentos e mais folhas, que se vão colhendo sempre. O melhor chá dos Açores, delicado e aromático, tomei-o na Gorreana, na casa fidalga do senhor Jaime Hintze, toda ao rés do chão e caiada de amarelo, entre o bulício alegre da vida rústica, num lar que a bondade de sua esposa santifica. (…)”
Raul Brandão, in As ilhas desconhecidas.
(dia 27 é dia de Chá Verde, 1 mês já cá canta)
terça-feira, outubro 26
PURO PRAZER #16
Minotauro empunhando punhal, Picasso
Se ontem (25) foi dia de Picasso, que aqui vos deixo numa faceta menos divulgada, hoje (26) é dia de Domenico Scarlatti que, sinómimo de Sonatas (K.27, K.239, K.380), também me leva ao céu com este «Stabat Mater» na versão do Coro do King's College de Cambridge.
CHÁ QUENTE #11
Recosto-me no sofá e tento ler a entrevista de Rui Vilar ao Público/Renascença que tinha guardado para melhor saborear.
O título: «O futuro parece que nos escorre dos dedos como a areia em vez de o estarmos a construir». Fico em sobressalto.
Ligo a TV onde começa o noticiário do Canal 1. O sr. Barroso está em risco de não ver aprovada a sua Comissão no Parlamento Europeu. É a consequência directa das eleições de Junho, penso. Um PE politicamente adverso aos governos europeus que nomearam o sr Buttiglione & friends. Lembro-me de artigos a apelar ao bom-senso do PE, lembro-me de teses que condenam o deficit democrático da UE consubstanciadas no frágil papel do PE no triângulo institucional europeu. O sr. Barroso morreu mesmo que viva. Lembro-me da Europa dos pequenos passos de Jean Monnet e de um tratado constitucional que querem referendar custe o que custar. Volto a olhar o televisor e ouço o sr. Silva dizer: “Rezemos para que os nossos responsáveis políticos não coloquem o país numa crise financeira.” Olho para a entrevista de Rui Vilar, ainda não vai ser hoje que a vou ler, ignoro isto, isto e mais isto, lembro-me de uma imagem premonitória que postei. Levanto-me e vou por um CD a tocar.
O título: «O futuro parece que nos escorre dos dedos como a areia em vez de o estarmos a construir». Fico em sobressalto.
Ligo a TV onde começa o noticiário do Canal 1. O sr. Barroso está em risco de não ver aprovada a sua Comissão no Parlamento Europeu. É a consequência directa das eleições de Junho, penso. Um PE politicamente adverso aos governos europeus que nomearam o sr Buttiglione & friends. Lembro-me de artigos a apelar ao bom-senso do PE, lembro-me de teses que condenam o deficit democrático da UE consubstanciadas no frágil papel do PE no triângulo institucional europeu. O sr. Barroso morreu mesmo que viva. Lembro-me da Europa dos pequenos passos de Jean Monnet e de um tratado constitucional que querem referendar custe o que custar. Volto a olhar o televisor e ouço o sr. Silva dizer: “Rezemos para que os nossos responsáveis políticos não coloquem o país numa crise financeira.” Olho para a entrevista de Rui Vilar, ainda não vai ser hoje que a vou ler, ignoro isto, isto e mais isto, lembro-me de uma imagem premonitória que postei. Levanto-me e vou por um CD a tocar.
segunda-feira, outubro 25
CHÁ QUENTE #10
Confesso que esta me tinha escapado, mas estes senhores fizeram o favor de me chamar à atenção:
"No tal país "à beira-merda atascado", escreve Zarcão, "um assessor com as vacinas em dia, devidamente atrelado, é o melhor amigo do seu dono. [...] Assessorar é, mais do que uma profissão, um estado de espírito, uma vocação. E é assim que se pode ser ministro ou mesmo administrador de empresas de comunicação social sem que, por isso, se deixe de ser assessor, um serviçal."
(Este post é dedicado ao enxame de crónicas, croniquetas, cantigas de amigo, escárnio e mal dizer, opiniões e contraditórios que enxameiam diariamente os nossos jornais sem que delas se retire mais do que água suja de roupagem sebosa, dando ideia de que na Região não existe pensamento, e desperdiçando nesses enlevos pessoais um meio privilegiado para o debate profícuo e para o exercício de cidadania)
PURO PRAZER #15
domingo, outubro 24
SURREALISTAS #4
António Maria Lisboa
Projecto de Sucessão
(para o Mário Henrique Leiria)
Continuar aos saltos até ultrapassar a Lua
continuar deitado até se destruir a cama
permanecer de pé até a polícia vir
permanecer sentado até que o pai morra
Arrancar os cabelos e não morrer numa rua solitária
amar continuamente a posição vertical
e continuamente fazer ângulos rectos
Gritar da janela até que a vizinha ponha as mamas de fora
por-se nu em casa até a escultora dar o sexo
fazer gestos no café até espantar a clientela
pregar sustos nas esquinas até que uma velhinha caia
contar histórias obscenas uma noite em família
narrar um crime perfeito a um adolescente loiro
beber um copo de leite e mistura-lhe nitro-glicerina
deixar de fumar um cigarro só até meio
Abrirem-se as covas e esquecerem-se os dias
beber-se por um copo de oiro e sonharem-se Índias.
sábado, outubro 23
PURO PRAZER #13
Jean-Arthur Rimbaud
Quando o mundo estiver reduzido a um só bosque negro para os nossos olhos espantados - a uma praia para duas crianças sinceras, - a uma casa musical para a nossa clara simpatia - encontrar-vos-ei.
Quando aqui só haja um velho, belo e calmo, rodeado de um «luxo inaudito» - ajoelhar-me-ei.
Quando for eu toda a vossa memória - seja aquela que sabe garrotar-vos - estrangular-vos-ei.
In Iluminações, tradução de Mário Cesariny. Ed. Assírio & Alvim, 1999.
(O Chá Verde associa-se ao 150.º aniversário do nascimento de Rimbaud e, desejando um bom fim-de-semana a todos, lembra aos amantes de Jazz o Keith Jarrett aqui e aos amantes de pintura a Carlota Monjardino na galeria Arco 8 em Ponta Delgada)
sexta-feira, outubro 22
CHÁ COM TORRADAS #5
Sr. Freitas ao Expresso das 9:
"A coligação governativa da República penalizou a Coligação Açores e a verdade é que também a expectativa de crescimento com a junção do PSD e do PP não resultou. Curiosamente, o crescimento de 7,8% do PS de 2000 para 2004 é sensivelmente idêntico à soma do decréscimo de cerca de 3 pontos percentuais na abstenção - provenientes se calhar daqueles que não votariam para premiar, mas que se deslocam às urnas para castigar (o Governo da República), com os cerca de 5 pontos percentuais que a Coligação Açores perdeu relativamente à soma dos votos dos dois partidos em 2000 - provenientes talvez de um efeito duplo de insatisfação com o seu Governo da República e de resistência de franjas de ambos os partidos acerca da coligação."
Sr. Meneses ao Açoriano Oriental:
"de entre as muitas circinstâncias, os reflexos das opiniões sobre a governação do executivo de Lisboa podem ter influenciado os eleitores no arquipélago"
(De onde o Chá Verde deve concluir que a culpa não é do PSD/Açores, e muito menos destes senhores. Responsabilização, o que é isso? Como é que dizia o sr. Bolieiro? "É preciso higienizar o sistema..." Ah boca santa! Entretanto a sra. Cabral faz juras de amor a Ponta Delgada, é bonito!)
quinta-feira, outubro 21
CHÁ QUENTE #9
Antero de Quental
“(…) Falemos dos vivos. Os vivos não são os que levantam ruidosamente o pó dessas estradas sob as rodas dos seus carros opulentos. Não são também os que falam alto e apresentam ante os olhos sensuais da turba envoltos nas dobras enganosas do manto de lantejoulas das frases vagas mas brilhantes com que se captam os sentidos de quem não tem razão nem sentimento. Não são ainda os sábios profetizando do centro de suas nebulosas, lançando, em meio das nuvens da palavra, os oráculos de uma ciência sem fé e sem alma, vendida aos factos, à espera sempre dos acontecimentos para se inspirar deles na composição artificial de sistemas, que o mundo aceita porque o absolvem, mas que rejeita a Razão por que não são livres. Os vivos, enfim, não são os que mais o parecem; os ruidosos, os activos que já de longe se vêem e ouvem: como em tempo de epidemia não está a saúde no homem que anda, gesticula e corre, encobrindo sob a sua agitação febril o veneno do mal que em breve o fará cair extenuado. Tudo isso que por aí tumultua, freme e enche o ar de ruídos, obedece à excitação da febre precursora da morte. A vida não é o movimento desordenado: e nos gestos deles não há harmonia nem ordem. Tudo isso é o gozo e a matéria: mas a vida é a consciência e o espírito (…)”
Nota final da 1.ª edição das «Odes Modernas», in Antologia Poética de Antero de Quental, Selecção e notas de Ruy Galvão de Carvalho
quarta-feira, outubro 20
CHÁ QUENTE #8
O Filho do Homem, René Magritte
Criticar as pessoas que exercem funções políticas é uma constante bem nossa. Mas também não é menos certo que demasiadas cabeças que nos governam estão vazias, a dar as últimas em termos de coragem, de ideias. Demasiados debates pomposos, demasiadas promessas quebradas, demasiadas tentativas falhadas levaram-nos ao fatalismo. O tempo actual gerou a sua classe superior, uma nobreza cultural-económica-política-mediática que partilha entre si o poder e a glória. Não refaz o mundo, mas cada um faz o seu número. Não debate, conversa. Não combate, ridiculariza. Os líderes transformam-se em fantoches da informação e fazem fantochadas, mas não informação.
Que fazer? Não se pode encarcerar simplesmente ministros, secretários, presidentes de câmara, deputados nas primeiras páginas dos jornais e esperar que o povo de quatro em quatro anos resolva. A questão já não é política mas sim cívica. Caberá aos cidadãos a lucidez na avaliação constante e diária das suas elites. Que esperar dos novos líderes?
Audácia: é necessário que o chefe defina um caminho que saia das vias estafadas, roçando a utopia e fugindo dos estereótipos deformados tipo «sociedade justa e solidária» ou «economia forte e competitiva». O mundo está em movimento, é preciso por os neurónios em movimento; as palavras, as ideias, os objectivos devem ser virgens.
Ética: o declínio moral é tal que o empenhamento só será entendido numa transparência e numa interacção totais.
Interactividade: a troca dialéctica permanente será o motor do movimento. Para os paquidermes cheios de palavras que acreditam que nos governam, o cemitério de elefantes está aberto. O populismo morrerá, sendo substituído pela cidadania.
Paixão: a humanidade substituirá o humanismo. Acabou o paternalismo de urinol público que viu uma geração de dirigentes brincar sucessivamente ao Pai Natal sem um grama de sentimento. Será a vez da autenticidade, do natural, do empenhamento.
(O Chá Verde inspirou-se no «O Futuro tem Futuro» de Jacques Séguéla, para escrever estas linhas, após ter caído do sofá ao ouvir isto)
terça-feira, outubro 19
PURO PRAZER #10
Le bain turc, Jean-August-Dominic Ingres
O REGRESSO DE ULISSES
O HOMEM É UMA MULHER QUE EM VEZ DE TER UMA CONA TEM UMA PIÇA, O QUE EM NADA PREJUDICA O NORMAL ANDAMENTO DAS COISAS E ACRESCENTA UM TIC DELICIOSO À DIVERSIDADE DA ESPÉCIE. MAS O HOMEM É UMA MULHER QUE NUNCA SE COMPORTOU COMO MULHER, E QUIS DIFERENCIAR-SE, FAZER CHIC, NÃO CONSEGUINDO COM ISSO SENÃO PRODUZIR MONSTRUOSIDADES COMO ESTA FAMOSA «CIVILIZAÇÃO OCIDENTAL» SOB A QUAL SUFOCAMOS MAS QUE, FELIZMENTE, VAI DESAPARECER EM BREVE.
PELO CONTRÁRIO, A MULHER, QUE É UM HOMEM, SOUBE SEMPRE GUARDAR AS DISTÂNCIAS E NUNCA PRETENDEU SUBSTITUIR-SE À VIDA SISTEMATIZANDO PUERILIDADES, COMO FILOSOFIA, AVIAÇÃO, CIÊNCIA, MÚSICA (SINFÓNICA), GUERRAS, ETC. ALGUNS PEDANTES QUE SE TOMAM POR LIBERTADORES DIZEM-NA «ESCRAVA DO HOMEM» E ELA RI ÀS ESCÂNCARAS, COM A SUA CONA, QUE É UM HOMEM.
DESDE O INÍCIO DOS TEMPOS, ANTES DA ROBOTSTÓNICA GREGA, OS ÚNICOS HOMENS-HOMENS QUE APARECERAM FORAM OS HOMENS-MEDICINA, OS HOMENS-XAMAS (HOMOSSEXUAIS ARQUIMULHERES). ESSES E AS AMAZONAS (SUPER-MULHERES-HOMENS). MAS UNS E OUTRAS ERAM DEMAIS. E DESDE O INÍCIO DOS TEMPOS QUE PENÉLOPE ESPERA O REGRESSO DE ULISSES. MAS O REGRESSO DE ULISSES É O HOMEM QUE É UMA MULHER E A MULHER QUE É UMA MULHER QUE É UM HOMEM.
Mário de Cesariny, in Pena Capital, Ed. Assírio & Alvim, 1999
(este post, em jeito de contra-post, é dedicado a todas as Penélopes do Reino, e às seis eleitas para a Assembleia Legislativa em particular, na esperança que o sr. César concorde com isto)
CHÁ QUENTE #7 (ACT.)
zum-zum+zum-zum+zum-zum+zum-zum=Isto
(o Chá Verde ainda se está a rir, serão «fontes» hidro-termais ou simples «torneiras»?)
P.S. O Chá Verde depois do zum-zum, e para obstar a mais zum-zum, andou numa roda viva o dia todo e, após contactos com «fontes» e «torneiras» altamente credíveis, conseguiu apurar que o futuro elenco do Governo Regional não andará longe deste naipe que aqui avança em primeira (de)mão (roa-se de inveja fina-flor jornalística)
(o Chá Verde ainda se está a rir, serão «fontes» hidro-termais ou simples «torneiras»?)
P.S. O Chá Verde depois do zum-zum, e para obstar a mais zum-zum, andou numa roda viva o dia todo e, após contactos com «fontes» e «torneiras» altamente credíveis, conseguiu apurar que o futuro elenco do Governo Regional não andará longe deste naipe que aqui avança em primeira (de)mão (roa-se de inveja fina-flor jornalística)
segunda-feira, outubro 18
É d'HOMEM #8
O Chá Verde despacha tudo num só post, para que voltemos à normalidade editorial, assim:
1-Os Vitoriosos:
Ao Sr. César o que é dele, La Victoire! Mas também a todas as formiguinhas do PS/Açores, formiguinhas que garantiram resultados históricos em Sta. Maria, por pouco não faziam o pleno, em São Miguel, arrasando a máquina autárquica da Coligação, na Terceira, conquistando a melhor votação de sempre, na Graciosa, também com a melhor votação de sempre, nas Velas de São Jorge, com uma vitória histórica contribuindo para a maior votação de sempre do PS na ilha, no Pico, com a maior votação de sempre, inclusive no bastião do sr. Freitas, nas Flores, que com um estratégia serena de cautelas e caldos de galinha conseguiu capitalizar as fracturas partidárias e concelhias dos coligados e no Corvo, com mais uma votação histórica contra CTT, Presidente de Câmara e Ministro da Defesa. Claro que no meio de tanta formiga há sempre uma cigarra, não adivinham quem é?
2-Os Derrotados de primeira linha:
O sr. Cruz, o sr. Pinheiro, o sr. DecMota, a Sr.ª Soares e a inefável dupla srs. Lopes & Portas.
3-Os Derrotados de segunda linha:
A sr.ª Cabral, de Ponta Delgada, os srs. Costa, da Ribeira Grande, Carreiro, do Nordeste, Álvares, da Povoação e Melo, de V. F. Campo, pela confusão de papéis, o sr. Bolieiro, do aparelho, o sr. Gusmão, dos braços cruzados, os sr. Meneses, da Praia da Vitória, o sr. Aguiar, da Graciosa, o sr. Marques, das Velas de São Jorge, o sr. Freitas, de São Roque do Pico que já vai com 3 derrotas em cima mas continua como se nada fosse, o sr. Lopes, das Lajes do Pico, o sr. Menezes, do Fayal que não é o mesmo que Faial, o sr. Lourenço, das Lajes das Flores, o sr. Greves, do Corvo, e os srs. Neves, da quinta pedagógica, Sarmento, da anedota dos alentejanos, Arnaut, das calças beije e Relvas, do aparelho.
4-Os Derrotados de terceira linha:
Os outros srs. da República que fizeram papéis de paus mandados, alguns jornais, rádios e televisões pela falta de isenção editorial, alguns jornalistas por faltas deontológicas graves, algumas figuras menores que embaciadas pelo ruído comunicacional se tentaram colar na campanha de baixo nível na expectativa de que da baia sobejasse algum farelo.
5-Derrotados mas com hipóteses de recuperar:
As mulheres açorianas em geral e em particular as 400 que o sr. Cruz convidou para jantar, porque a Coligação elegeu uma e o PS cinco.
(O Chá Verde encerra aqui o espaço para a low politic venham daí essa Orgânica e o Programa de Governo)
domingo, outubro 17
POST(AL) AUTONÓMICO #4
A Rosa Pensativa, Salvador Dalí
1- O Chá Verde saúda a vitória do PS nas eleições regionais;
2- O Chá Verde considera que esta vitória é uma vitória dos Açores e do trabalho que o PS efectuou em conjunto com os Açorianos nos últimos 8 anos;
3- O Chá Verde tem uma grande expectativa quanto à renovação prometida pelo sr.César, quanto ao reconhecimento dos erros cometidos e quanto à capacidade de concertação com a sociedade civil;
4- O Chá Verde não postou a Rosa Pensativa por outra razão senão de que espera que o PS tendo em conta o seu legitimamente sufragado programa eleitoral o aprofunde nas seguintes áreas:
a) Relações institucionais com o Governo da República;
b) Projecção externa da Região;
c) Sustentabilidade financeira da Região;
d) Reforma das instituições;
e) Ambiente;
f) Administração regional autónoma.
5- O Chá Verde anseia que o futuro Governo dos Açores lute pelo cumprimento de todas a promessas que o Governo da República fez na Região;
6- O Chá Verde saúda o «improvável» (sic)12.º candidato pela Ilha de SMiguel pela sua merecida eleição;
7- O Chá Verde saúda os vencidos e espera que ponham sempre os Açores em primeiro lugar;
8- O Chá Verde intima todos os partidos a contribuirem para a melhoria da cultura de participação e de cidadania nos Açores;
9- O Chá Verde intima todos os Açorianos a pensarem e a lutarem por uns Açores melhores.
PURO PRAZER #9
sexta-feira, outubro 15
PURO PRAZER #8
CHÁ QUENTE #6
Johann W. Goethe
“A BRUXA (começa a ler, declamando com grande ênfase):
Ouve, por quem és:
Do um fazes dez
E o dois e o três
Tal e qual deixarás,
E rico serás.
Perderás o quatro!
Cinco e seis serão,
Diz a bruxa então,
Sete e oito, e a conta
Assim fica pronta:
E o nove é um,
E o dez é nenhum.
Está feita da bruxa a tabuada comum.”
In Fausto
(O Chá Verde deixa aqui o seu prognóstico para domingo)
quinta-feira, outubro 14
CHÁ QUENTE #5
O Chá Verde é um «papelmaníaco», e até gosta de os ler, pelo que, só assim, vos pode enunciar o seguinte:
Facto:
No projecto de acordo de Coligação os partidos comprometiam-se na sua Base XIII à «extinção dos serviços inúteis» (assim, preto no branco, infelizmente, não consegui arranjar a versão electrónica)
Facto:
As vinte medidas apresentadas na Convenção do Futuro já previam a «reformulação dos serviços inúteis» (lá estavam, de novo, preto no branco, os «serviços inúteis»).
Facto:
As novas medidas estratégicas (tantas medidas, tanta estratégia) já não falavam dos «serviços inúteis», nem da administração regional autónoma.
Facto:
No programa eleitoral da Coligação (aquele por que esperei, e esperei, e esperei...e desesperei, até que 15 dias antes da eleição tiveram a bondade de disponibilizar o programa, coisa de somenos um programa eleitoral, quem liga a isso?), li as 180 páginas de fio a pavio, primeiro na diagonal, depois na horizontal, finalmente na vertical, mas nada, entre as 1309 referências à «cooperação com o Governo da República» e as 674 verdades «lapalissianas», não está lá nada sobre os «serviços inúteis», sequer está alguma coisa sobre modernização, reforma ou administração regional autónoma.
Facto:
Agora o sr Cruz e a Coligação têm um Plano (aliás eu sempre acreditei que eles tinham um Plano, eu sabia que não tinha sido uma omissão deliberada, nem um declaração tácita de assentimento às descabeladas medidas da República, foi um esquecimento de alguma secretária - essas «boicotadoras» -, alguma obliteração da impressora, um delete acidental). O sr. Cruz tem um «plano de desburocratização mobilizador da administração pública regional»...e pronto.
Estão confusos? Eu não, mas gostaria que perguntassem a opinião a estes senhores!
(Este post é dedicado a todos os mangas-de-alpaca do Reino)
POST(AL) AUTONÓMICO #3
Gil Mont'Alverne de Sequeira
“(…) Que se saiba, os autonomistas têm até por si este argumento, que não é dos menos valiosos: - os que vêem e pensam, os que assimilam e produzem, os que se distinguem por qualquer das variadíssimas manifestações do cérebro ou do coração, os íntegros de espírito e de consciência, os que defendem a liberdade e os que prezam o torrão natal, todos apoiam o movimento descentralizador, porque todos compreendem a alta significação deste combate e a prometedora fecundação desta ideia.(…)"
“A Autonomia Administrativa dos Açores” de Mont’Alverne Sequeira, Fevereiro de 1894, in Questões Açoreanas, pags 235 e 325.
(O Chá Verde sabe que não foi só o sr. Melo Bento que ficou satisfeito, e deseja que dia 18 se passem das palavras aos actos)
quarta-feira, outubro 13
POST(AL) AUTONÓMICO #2
“Que queremos?
Autonomia para legislar, autonomia enfim para dirigir aos destinos da nossa vida local, diminuindo, atenuando entre nós, tanto quanto possível, a influência nociva, a repercussão de «erros que de longe vêm».
Nesses erros que agora cachoam com uma efervescência ameaçadora e abismal, não tivemos colaboração alguma, não tivemos nem queremos ter solidariedade; todavia constantemente lhe sentimos os efeitos, os sofremos, sob multíplices aspectos.
Apontá-los seria matéria cívica e proveitosa, porque é sempre um bom serviço à causa pública pôr em relevo factos nocivos, desde que se fale com sinceridade, sem espírito de adulteração, de intriga ou de facciosismo irritante.(…)”
Artigo de Francisco d’Athayde de Faria e Maia publicado no n.º 2342 da “República” de 1919, in Em prol da descentralização, pag. 103.
CHÁ QUENTE #4
terça-feira, outubro 12
CHÁ QUENTE #3
Economic Left/Right: -3,38
Social Libertarian/Authoritarian: -3,38
Não sei se é a esquerda moderna, prefiro chamar-lhe o centro reformador. O Chá Verde fez o teste do algodão, faça você também!
segunda-feira, outubro 11
CHÁ QUENTE #2
A catatua de Juan Gris, Joseph Cornell
Um Sr. Lopes, vazio de si mas pleno de trejeitos, entra-me pela sala dentro, em diferido, num canal privado às 20h, contrariamente ao anunciado tempo de antena da responsabilidade do Governo a ser transmitido às 21.10, e diz:
1- «Portuguesas e Portugueses» e o Chá Verde arrepiou-se;
2- Que há por aí muito «ruído» que os Portugueses não devem escutar e que prejudica a imagem externa do país (o Chá Verde lembrou-se do «quem não é por nós é contra Portugal»)
3- Que ele, Sr. Lopes, promove um discurso de convergência e outros de divergência (ou seja, o Presidente está a provocar a instabilidade governativa)
Os restantes 10 minutos foram pura espuma e propaganda.
Boa Noite!
É d'HOMEM #7
Arlequim com espelho, Pablo Picasso
Sr. Lopes quanto ao Orçamento de Estado:
"vamos aumentar todos os funcionários públicos, ao nível da inflação"; "a carga fiscal do IRS vai baixar"; "as pensões vão aumentar mais do que em anos anteriores"
Sr. Lopes quanto à redução das tarifas aéreas:
"Após a posse do novo presidente, nos 30 dias a seguir ao dia 17, será decidida a solução. Não posso dizer neste momento qual é. Não gosto de vender ilusões nem bacalhau a pataco. Digo o que posso dizer. Anuncio o que posso anunciar".
Sr. Cruz:
"Aqui os verdadeiros artistas são os políticos"
(O Chá Verde condescende, é a ilha Terceira que faz destas coisas às pessoas)
domingo, outubro 10
CHÁ COM TORRADAS #4
Ao entrarmos na «net» deixamos o título, a posição e os privilégios. Daí a minha opção, não pela «democracia cibernética», mas, pelo regresso às origens, à «democracia ateniense». A perspectiva sociopolítica tornou-se imensa, esta livre troca mediática oferece-nos a possibilidade de refundar a coesão social construída sobre exigências individualistas. Intervir é quebrar o isolamento do eleitor para lhe abrir as portas de uma cidadania responsável; é passar da opinião, essencialmente reactiva, do boletim de voto à expressão de um julgamento público consensual e elaborado.
(Este post é dedicado ao Nuno Barata e ao Ezequiel uma vez que o artigo que o sustenta surgiu de uma animada conversa na blogosfera)
(Este post é dedicado ao Nuno Barata e ao Ezequiel uma vez que o artigo que o sustenta surgiu de uma animada conversa na blogosfera)
sábado, outubro 9
POST(AL) AUTONÓMICO #1
“A 19 de Fevereiro de 1893 realiza-se um comício no teatro micaelense, convocado pela comissão de vigilância dos interesses do distrito, destinado a protestar contra as medidas do ministro da fazenda. (…) No comício foram principais oradores os drs. Pereira de Ataíde, Caetano de Andrade, Mont’Alverne de Sequeira e Aristides Mota que, além de se referirem ao problema das novas medidas da fazenda, argumentaram também a favor da autonomia, tendo sido nomeada uma Comissão de Propaganda da Autonomia Administrativa dos Açores, composta pelas seguintes personalidades: Condes de Jácome Correia e da Fonte Bela, José Maria Raposo de Amaral (par do reino), dr. Caetano de Andrade Albuquerque, dr. Pereira de Ataíde, dr. Aristides Mota, dr. Duarte de Andrade Albuquerque, Luís Soares de Sousa, Manuel Jacinto da Ponte e dr. Mont’alverne de Sequeira. (Diário dos Açores, 20 de Fevereiro de 1893)”
In 1.º Centenário da Autonomia dos Açores (1895-1995). Exposição biblio-iconográfica organizada pela Biblioteca Pública e Arquivo de Ponta Delgada, pags. 38-39 e 112-113.
(O Chá Verde, educado nas melhores tradições do bem receber açoriano, não podia deixar passar este tempo de «visitas», da esquerda à direita, sem um postal autonómico de boas-vindas, que espera também funcione como despertar de sentidos para alguns desmemoriados do Reino)
sexta-feira, outubro 8
CHÁ DAS CINCO #2 (Act.)
O Chá Verde desafia:
1- O sr. Cruz a repetir à frente do sr. Lopes as palavras de Rabo de Peixe;
2- Os jornalistas a perguntarem ao sr. Cruz qual a sua opinião sobre as declarações do sr. Gomes da Silva.
(entretanto o sr. Lopes desmarcou presença nos comícios da Horta e de Ponta Delgada, terá sido a pedido do sr. Cruz, terá sido por causa do sr. Rebelo de Sousa ou terá sido por causa da sondagem RR/SIC/Expresso? Ah tantas dúvidas, tão poucas respostas!)
É d'HOMEM #6
quinta-feira, outubro 7
CHÁ COM TORRADAS #2
"Para criar a pátria portuguesa do sec. XX não são necessárias fórmulas nem teorias, existe apenas uma imposição urgente: Se sois homens sede Homens, se sois mulheres sede Mulheres da vossa época."
José de Almada Negreiros, in Ultimatum Futurista às gerações vindouras do século XX
(este post é dedicado ao Ilhas e à Ardemar, uma vez que o Chá Verde acredita que só teremos melhores políticos quando formos melhores cidadãos)
É d'HOMEM #5
"Nos Açores mandam os Açorianos! Eu não vou para o Governo fazer o que eles querem, eu vou para o Governo para que eles façam nos Açores o que eu quero!"
Victor Cruz, ontem à noite no comício em Rabo de Peixe
(Ou seja, em bom micaelense "Destroce, destroce, destroce ...")
Victor Cruz, ontem à noite no comício em Rabo de Peixe
(Ou seja, em bom micaelense "Destroce, destroce, destroce ...")
quarta-feira, outubro 6
É d'HOMEM #4
"Marcelo Rebelo de Sousa abandona TVI"
1- O Chá Verde não sabe porquê, mas nestes dias lembrou-se daquelas palavras do sr. Barroso "Dizem-me que não há liberdade de expressão nos Açores ..."
2- O Chá Verde considera que este foi mais um acto da campanha eleitoral do sr. Rebelo de Sousa para a Presidência da República.
1- O Chá Verde não sabe porquê, mas nestes dias lembrou-se daquelas palavras do sr. Barroso "Dizem-me que não há liberdade de expressão nos Açores ..."
2- O Chá Verde considera que este foi mais um acto da campanha eleitoral do sr. Rebelo de Sousa para a Presidência da República.
É d'HOMEM #3
"Em pouco mais de dois meses, Pedro Santana Lopes nomeou quase o mesmo número de pessoas que o ex-primeiro-ministro, Durão Barroso, em cinco meses de liderança do país."
terça-feira, outubro 5
PIRRO
Pirro: Rei de uma parte do Egipto, nascido por volta de 316 a.c. e morreu por volta de 272 a.c. (…) Em fim de 281 aliou-se com os Tarentinos, que queriam alijar a dominação romana, e derrotou no Siris as legiões e os elefantes do cônsul Valério Levino. Os Romanos perderam a quarta parte do seu exército, mas Pirro perdeu muitos dos seus melhores oficiais. Foi esta a famosa vitória de Pirro, que inspirou ao vencedor a seguinte frase: «Ficarei perdido se conseguir outra vitória como esta». (…) teve uma morte sem glória. Em apoio do partido rival de Antígono, tentou ocupar de surpresa a cidade de Argos, mas teve de sustentar combates nas ruas. Uma mulher arremessou-lhe uma telha que o derrubou do cavalo. Morreu às mãos de um soldado (…)
In Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, Vol. 21 pag 979
(este post é dedicado aos soldados do reino e os sublinhados são da responsabilidade do blogger)
CHÁ DAS CINCO #1
1)"(...) estava disposto a sair agora. No entanto, no partido foram sempre dizendo que tomasse cuidado para não se repetir o que se deu nos Açores. Também me apercebi que no PSD da madeira poderíamos ter, no último ano o mandato, uma luta interna desagradável, tendo em vista as eleições de Outubro (...)"
Alberto João Jardim, in revista do Expresso de dia 2 Outubro.
(O Chá Verde tem a sensação que já viu este filme ...)
2)"Vítor Cruz venceu Carlos César no debate da RTP-Açores. Dois dias depois, domingo, na ilha Terceira, fechou-se no mínimo Teatro Angrense, que não encheu. Uma assistência à volta de 300 pessoas ouviu o candidato da coligação PSD-CDS a presidente do Governo Regional dos Açores, que contava com a participação de um especialíssimo convidado, Marcelo Rebelo de Sousa.
A solenidade do lugar, o ambiente "anti-comicieiro", os vários lugares vagos de um edifício de pequenas dimensões escolhido para a primeira acção de campanha oficial do PSD, deu um sinal inverso ao do debate na RTP-Açores. No primeiro fim-de-semana da campanha eleitoral, a acção na segunda ilha que elege mais deputados nos Açores, a coligação PSD-CDS não alimentou particular "dinâmica de vitória" e fez contraste negativo com um grande jantar-comício que o PS organizara na véspera."
in Público de dia 5 de Outubro
(O que faltou dizer nas reportagens da RDP e RTP)
segunda-feira, outubro 4
PURO PRAZER #1 (Act.)
Esbjörn Svensson Trio, Hoje, e o Chá Verde sentadinho na mesa 9 a aplaudir.
(Absolutamente... FA-BU-LO-SOS!!!!)
SURREALISTAS #2
"(...)A força explosiva da imaginação, a atracção feroz do amor, a capacidade de reacção contra um meio quase sempre adverso e sistematicamente conservador, são os meios que o homem terá de usar para a transformação duma sociedade que só muito lentamente o vai aceitando, embora formada por ele mesmo.
Contra o aniquilamento total do indivíduo que é frequentemente proposto por sistemas regenerativos só revolucionários na aparência, propomos o aparecimento súbito e violento do Homem e da Mulher integralmente livres dentro da sua própria necessidade dialéctica de transformação. Só no Homem acreditamos e só das suas próprias mãos «como indivíduo» cremos que saia a grande transformação das coisas."
Mário Henrique Leiria, "Homem e Sociedade", 1952.
(Este post é dedicado ao André que anda aí fora a fazer pela vida)
domingo, outubro 3
CHÁ COM TORRADAS #1 (Act.)
"Miguel Brilhante, aqui Carlos César!Gostava de falar contigo!Vejo o teu nome naquela coisa do psd, para grande surpresa minha. Gostava de trocar impressões contigo sobre isso."
(Transcrição integral do CD do Sr. Cruz, hoje às 8.30 no jornal da manhã da RDP-Açores)
P.S. O Chá Verde está a poderar apresentar queixa por se considerar injuriado pelo sr Cruz, quando insultou a inteligência dos Açorianos.
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