quarta-feira, setembro 30

CHÁ QUENTE #413

Da memória e das coisas futuras. A 9 de Março de 2006, Cavaco Silva tomou posse elegendo a estabilidade política como um dos pilares essenciais do seu magistério presidencial. A partir de 31 de Julho de 2008, na sequência da declaração ao país sobre o Estatuto dos Açores, o Presidente da República passou a ser considerado, nas suas acções e omissões, como um referencial de instabilidade política no país. Com a declaração de ontem Cavaco Silva, agrava o cenário e passa a ser considerado como um referencial de instabilidade institucional entre as mais altas figuras do Estado. Como compreenderá o Povo Português a relação entre o Presidente da República e o Primeiro-Ministro do seu país, sabendo que este é líder de um partido de quem Cavaco Silva declarou, expressamente, ter ultrapassado os "limites do tolerável e da decência"? Todas as comunicações presidenciais referenciaram os "superiores interesses de Portugal" traduzidos na interpretação exclusiva do Presidente da República. "O País primeiro? Sim, mas a Presidência da República primeiro." Portugal dispensava os estados de alma do Presidente. Depois de ontem, o que aí vem, dificilmente, pode ser bom ...

1 comentário:

Anónimo disse...

Para mim aplica-se à condução do país a mesma teoria da circulação rodoviária. Veículos e condutores devem fazer a "revisão", de x km/anos, em x km/anos. A determinada altura a "revisão" é mais frequente por motivos de desgaste, sob pena de a circulação poder pôr em perigo os outros condutores. MC