Faltam 20 dias para as eleições presidenciais americanas (dia 4 de Novembro). A minha última actualização foi, precisamente, no dia anterior ao primeiro debate entre os candidatos. Eram tempos em que o pesadelo em Wall Street se inciava permitindo a Barack Obama recuperar nas sondagens, após o fogo fátuo favorável a MacCain com a chegada de Sarah Palin ao combate. Entretanto, já MacCain perdeu os 2 primeiros debates, segundo os estudos de opinião, já a Sra. Palin é alvo de todas as chacotas e comentários depreciativos nos OCS dos USA, tendo, inclusivamente, sido declarada culpada de abuso de poder como Governadora do Alaska. Além disso, o povo americano considera os Republicanos culpados da crise económica e financeira que assola o país e os Democratas, sábiamente, fazem passar a mensagem que nessas áreas MacCain nunca poderá ser um "Economic and chief" porque se mantém errático entre os valores tradicionais da livre iniciativa ou a necessária intervenção estadual em tempos de crise. Não satisfeito, MacCain já desistiu de fazer campanha no Michigan. Pior é impossível? Eis os planos económicos apresentados, ontem, por ambos os candidatos: Obama sempre terá a vantagem de ter tido a primeira inciativa de se dirigir à classe média, MacCain reforça a segurança junto dos pensionistas e famílias. Vejamos como tudo isso se reflecte nos números, ilustrados com os, sempre fidedignos, gráficos da Pollster. Actualmente, já se verifica no trend uma deslocação maciça de votos para Obama nalguns dos Estados indecisos, bem como, o aparecimento de Estados indecisos que, até há um mês atrás, eram, claramente, tidos como terreno seguro para os Republicanos.
Segundo a National Trend da Pollster, o Senador Democrata aumenta a liderança para 50,8% contra 42,4% do Republicano. Igualmente, para a CNN Poll of Polls, Obama estará com 50% das intenções de voto contra 43% de MacCain. Já para a Real Clear Politics, o trend nacional é de 49,8% para Obama contra 42,5% de MacCain. Agora, vamos ao colégio eleitoral, onde se identifica uma confluência nos principais trends de análise quanto à clarificação e redução dos Estados, ainda, em disputa. Lembremos que são necessários 270 votos para ser eleito. Há três semanas, a CNN, apresentava uma vantagem de 223 para Obama contra 200 de MacCain, com 9 Estados em dúvida. Hoje, o mapa eleitoral da CNN apresenta uma vantagem de 264 para Obama contra 174 de MacCain, com 7 Estados em dúvida (100 votos em disputa). Sairam Wisconsin, Minnesota, Michigan e New Hampshire (para Obama) e entrou o Missouri e North Carolina.
Nevada, Obama 48,9% - MacCain 46,8%
Colorado, Obama 51% - MacCain 43,5%
Missouri, MacCain 48,1% - Obama 47,5%
Ohio, Obama 49,6% - MacCain 45,3%
North Carolina, Obama 48,5% - MacCain 47,1%
Virginia, Obama 50,3% - MacCain 46,5%
Florida, Obama 51,2% - MacCain 44,4%
Quanto à RCP, apresentava uma vantagem 211 para Obama contra 189 de MacCain, com 10 estados em dúvida. Hoje, o mapa eleitoral da RCP apresenta uma vantagem de 286 para Obama contra 158 de MacCain, com 7 estados em dúvida. Sairam o Wisconsin, Minnesota, Michigan, New Hampshire, Pennsylvania e Virginia (todos para Obama) e entraram o Missouri, West Virginia e North Carolina. Em relação à CNN a RCP considera a Indiana e West Virginia como indecisos.
Indiana, MacCain 48% - Obama 45,5%
West Virginia, MacCain 46,3% - Obama 45,2%
O mapa eleitoral da Pollster vai dando 320 para Obama e 155 para MacCain, quando já deu 212 para Obama e 169 para MacCain. A Pollster mantém 7 estados em dúvida, considerando, relativamente à CNN e à RCP, que o North Dakota também deverá contabilizar-se como indefinido.
North Dakota, MacCain 47,4% - Obama 43,8%
Ora, como em alguns Estados já se iniciou a votação, será, então, o último debate, logo, em directo, à 01.00 a.m., um game changer? Mesmo que MacCain/Palin continuem a invocar o caso Ayers e reforcem a campanha negativa, tenho dúvidas. Mas, nunca fiando, para uma estocada final, Barack Obama já comprou meia-hora de publicidade, no prime-time de dia 29 de Outubro, nas maiores cadeias de televisão americanas. Isto com os americanos pode ser até à última...
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