terça-feira, outubro 23

CHÁ QUENTE #321

PSD/A - Como é que se busca um futuro reescrevendo o passado e o presente?

Como é que Natalino Viveiros quer que acreditemos que é "capaz de romper este ciclo de desgraça em que vive o PSD” se este ciclo de desgraça teve nele o primeiro impulso?

Como é que Costa Neves quer acreditemos que não se acomoda “a esta vil tristeza do presente e a ver os Açores parados no tempo”, se durante os 2 anos em que foi líder do partido às 108 iniciativas legislativas do Governo a bancada parlamentar do PSD/A respondeu com 5?

20 comentários:

Rui Lucas disse...

Meu caro, por mais confusão que te possa fazer, há vida além das leis.

Anónimo disse...

Como se pode ver pelo comentário do ainda assessor R. Lucas, o percurso destes candidatos não se fez por uma estratégia para os Açores ou por um pensamento pelos açorianos.Fez-se sim, pela mira no umbigo e pela ambição de protagonismo de cada um dos dois.

gm disse...

Ora essa Rui não me faz confusão alguma, porque fora os 2000 caracteres e as conferências de imprensa semanais o PSD/A até podia governar com o Programa de Governo do PS/A, interessa é estar lá, certo?

Andre Bradford disse...

Eles, por enquanto, não querem que acreditemos em nada, basta que o aparelho do PSD acredite. Depois é que serão elas!

Anónimo disse...

Mas as iniciativas de Governo são, como sabe, ou devia saber, de âmbito e competência diversa das iniciativas da Assembleia.
Aliás como sabe, ou devia saber, são orgãos de competência e iniciativas diferentes.
Em termos de INICIATIVAS, compare nesta legislatura as 34 iniciativas da bancada com MAIORIA e as 51 INICIATIVAS da bancada do PSD.
Junte a estas as 21 INICIATIVAS do CDS/PP e verá que a ACTIVIDADE PARLAMENTAR das BANCADAS da OPOSIÇÂO é quase o DOBRO das da bancada do PS que, como sabe ou devia saber, tem maioria absoluta e mais 10 deputados que a oposição

Anónimo disse...

Eh pá, é que isto do Carlos Césaer ganhar eleições com a perna às costas nem é muito bom para os Açorianos... pois os Açorianos, sabem "vocês todos" os Açorianos é que interessam, não as vaidades dos políticos nem do monte de abutres que à volta deles gravita!

Nuno Barata disse...

"se durante os 2 anos em que foi líder do partido às 108 iniciativas legislativas do Governo a bancada parlamentar do PSD/A respondeu com 5 "
Caro Guilherme isto é demagogia da mais barata que eu já li e tu sabes bem que é.

gm disse...

Bem pelos vistos há aqui concepções divergentes da avaliação da actividade política. Quero deixar claro que para mim os DLR são, num regime parlamentar como o nosso, os instrumentos primeiros da apresentação de alternativas políticas.
Há quem privilegie os requerimentos, as resoluções e as conferências de imprensa mas esses parecem-me que se preocupam mais com a alternância do que com a alternativa. Vocês percebem a diferença não percebem?

Rui Lucas disse...

Caro Guilherme, a tua análise só será minimamente séria quando comparares os meios humanos que o governo e a oposição têm para fazer esse trabalho.

O grupo parlamentar do PSD têm três adjuntos. O governo tem para aí uns 25 - as contas foram feitas à pressa.

O governo tem ainda a possibilidade de encomendar pareceres e outros serviços a entidades externas. As verbas atribuídas a um grupo parlamentar não dão para isso, sabes muito bem.

Ou seja, comparas o incomparável.

E não é a fazer ou propor mais leis que os açorianos passam a ter melhores salários, que os preços de alguns bens deixem de ser inflacionados, que haverá menos beneficiários do rendimento mínimo, que os transportes ficam mais baratos, que o sucesso escolar aumenta, que a desertificação de algumas ilhas se contraria ou que milhões e milhões de euros deixam de sair para o exterior.

Pois é, há vida para além das leis.

Anónimo disse...

Meu caro Rui Lucas,
Como não sou assíduo frequentador de blogs, não tive ainda oportunidade de tecer alguns comentários aos posts que vais inserindo, nem me parece que isso seja importante, mas não posso deixar de "comentar" o teu "comentário".
O problema do Grupo Parlamentar do PSD não é e tu, pela experiência que tiveste como jornalista na ALRA sabe-lo bem, o número de adjuntos que tem ou deixa de ter.
Não é tão pouco o facto de não poder encomendar pareceres, pois dispõe de todos os mecanismos legais e regimentais para solicitar informação e, não esqueçamos, o PSD gaba-se de ter nas suas fileiras "quadros" de primeira água, cuja multiplicidade de formações permitiria, caso assim o desejassem, a produção de tão doutos documentos.
O problema de fundo é outro e tu, mesmo que não seja "politicamente correcto" assumi-lo, sabes qual é.
E prende-se com o simples facto dos deputados do Grupo que tentas assessorar não se preocuparem com as suas tarefas e trabalhos parlamentares preferindo, ao invés, o recurso fácil ao requerimento, à conferência de imprensa ou a uma outra qualquer acção de show-off que lhes faculte os tais "três minutos de fama" que tanto almejam.
Pela experiência que tive, e que tu conheces, salvo algumas honrosas excepções (caso do ex-deputado Joaquim Machado), os deputados do PSD primavam pelo mais completo desconhecimento e alheamento dos diplomas que se iam discutir, o que era ainda mais gritante no caso das Comissões.
Ser-se uma alternativa credível exigue trabalho, mesmo que não mediatizado ,e tu bem sabes que a única preocupação é a notícia que possa o não ser publicada, através do recurso a uma qualquer frase bombástica ou figura de estilo.
Por isso, meu caro Rui Lucas, o cerne da questão está exactamente aqui. O GPPSD tem, se quissese, massa critica suficiente para propor diplomas e, com isso, posicionar-se como alternativa.
Será que é por culpa do Governo que não o faz?
Sabes bem que não.
Sabes que o problema é que o PSD, ao fim destes anos todos, ainda não percebeu que é oposição e, como tal, não sabe desempenhar o seu papel.
O resto são desculpas de mau pagador.
Por muito bom que seja o trabalho que o seu adjunto para a comunicação social faça....
Um abraço e até um dia destes na "Favorita"...
(tenho que assinar como "anónimo" pois não sou blogger)
Francisco Barros

João Bruto da Costa disse...

Bom, então em que ficamos, a actividade do grupo parlamentar do PSD e do PP não devia ser comparada com a actividade do Grupo parlamentar do PS?
É que, sendo assim, ficavamos nos 11 a 5 (projectos de DLR), o que, tendo em conta a diferença de 19 para 31 (deputados), arruma com a questão (não é por demais desproporcional).
Mas sou tentado é a concordar com o NB: pura demagogia este tipo de comparações.

Nuno Barata disse...

Ora aí está o JCB a chegar onde eu queria.

Rui Lucas disse...

Caro Francisco, bons olhos te leiam! Vou directo ao assunto, pois faz-se tarde e ainda tenho muito trabalho para fazer.

Repito o que já escrevi: há vida para além das leis. Os problemas que referi no meu segundo comentário, a que poderia juntar as listas de espera nas unidades de saúde, não se resolvem com mais leis ou anúncios - repetidos ano após ano - inconsequentes dos membros do governo.

Aliás, o que não faltam são diplomas deste governo que nunca foram devidamente aplicados.

O Guilherme, devido à sua formação, julga que a comparação entre o trabalho do governo e da oposição se limita ao número de diplomas que apresentam.

É óbvio que não se pode resumir a isso. Nem é sério fazer essa comparação.

O que se deve comparar é o trabalho da bancada do PSD e do PP com a do PS.

Aí é que a porca torce o rabo. Os números que o João Costa falam por si.

Além disso, caro Francisco, a bancada do PS mais não é do que uma caixa de ressonância do governo.

Tu sabes isso, pois foste deputado do PS na anterior legislatura.

Quanto ao número de adjuntos, só o referi para demonstrar que a comparação feita pelo Guilherme é demagógica.

Já a ideia de que o recurso a requerimentos, intervenções ou conferências de imprensa é o caminho que dá menos trabalho nem sempre é verdadeira.

Deves recordar-te de uma intervenção de Manuel Arruda, em que ele afirmou que 70 por cento dos apoios do governo às autarquias eram atribuídos às seis câmaras socialistas.

Em termos políticos e mediáticos foi um tiro certeiro, já que o governo não conseguiu desmentir o que, lá no fundo, já todos sabiam.

Achas que não deu trabalho? Se deu! Vasculhar milhares de páginas do Jornal Oficial não é brincadeira.

E podia dar-te muitos outros exemplos. Mas é claro que se pode fazer melhor. É sempre possível.

Mas se o bom trabalho trabalho não for mediatizado é quase como se não existisse.

Convém ainda salientar que vivemos numa região em que a comunicação social, nomeadamente a pública - a única que chega a todas as ilhas -, não tem por hábito ouvir a oposição.

O governo diz, por exemplo, que as contas públicas apresentam um superavit e todos, ou quase todos, tomam isso por verdadeiro, quando não passa de uma fantasia.

É raro os jornalistas ouvirem o que pensa a oposição após um anúncio do governo, sendo aquela quase forçada a marcar uma conferência de imprensa. Doutra forma a única "verdade" que existe é a do poder.

E muito mais haveria a dizer. É uma boa conversa para termos na "Favorita".

Um abraço

Rui Lucas disse...

Eu sei que é um pouco "off topic", mas após reler o que já se escreveu por aqui, chego à conclusão que esta é uma bela caixa de comentários.

Apesar das vincadas diferenças de opinião, o debate está a ser interessante e civilizado.

Além disso, praticamente não há anónimos.

Parabéns, Guilherme.

Anónimo disse...

Meu caro Rui,
Se é verdade que há vida para além das leis, também a há para além das Conferências de Imprensa e dos requerimentos....
E, por mais voltas que dês, a realidade é que a oposição opta pelo caminho mais fácil e demite-se de parte das suas responsabilidades parlamentares.
E tu sabes muito bem disso, quando assistias a infindáveis debates de nula substância, que mais faziam lembrar discussões paroquiais para exclusivo gaúdio dos seus intervenientes.
Por outro lado, é natural que a bancada do PS, que suporta a nível parlamentar o Governo, se encontre e se reveja nas propostas apresentadas pelo executivo o que não tem impedido, e isso tu também sabes, que apresente propostas de alteração, muitas vezes em sede de Comissão, fazendo o trabalho de que a oposição, normalmente, se demite.
Podia contar-te inúmeras histórias desse teor, mas isso seria outra conversa.
Por isso o problema persiste e não se prende com o número de adjuntos ou com as conferências de imprensa.
Prende-se com a incapacidade que o PSD tem revelado em se afirmar como alternativa, preferindo ser o repositário de descontentamentos vários, tantas vezes contraditórios entre si, garantindo que daria tudo a todos.
Queres um exemplo?
As declarações do sr. Costa Neves acerca dos beneficiários do RSI, quando anuncia pomposamente que com um Governo Regional social-democrata os mesmos teriam que prestar serviços à comunidade, esquecendo-se de referir que mais de 60% dos mesmos são ou menores de 15 anos ou maiores de 65 e que, desde a 1ª hora que existem programas destinados à inserção profissional e à criação de competências para os beneficiários em idade activa.
É sempre tão fácil fazer demagogia com a pobreza, ao invés de propor medidas para a combater...
Queres outro?
Aponta-me o número de propostas e sugestões que, em 10 meses de trabalho, o PSD apresentou na Comissão Parlamentar criada para analisar a evolução do sistema regional de saúde.
Tu sabes que eu sei que tu sabes a resposta...
E a resposta é zero.
Enfim, há mesmo vida para além das conferências de imprensa.
Não sei é se o PSD já se apercebeu disso.
Um abraço e até um dia destes.
Na "Favorita" de preferência.
Francisco Barros

João Bruto da Costa disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anónimo disse...

Caro JBC,
Não tendo o prazer de o conhecer, permita-me que lhe preste um simples e singelo esclarecimento:
Não retiro nem desminto uma vírgula das palavras que teve a amabilidade de "postar".
Mas, já que citou o "Diário das Sessões", decerto que não ficará enfastiado em ler o que por mim foi dito no Plenário de Março

"Deputado Francisco Barros (PS): Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, Sr.
Secretário Regional:
Permita-me, antes de mais, enquanto Presidente da Comissão cujo relatório acabou,
para grande alegria dos presentes, de ser apresentado, aproveitar este momento para
agradecer a todos, Sras. e Srs. Deputados que participaram nos trabalhos da
Comissão, bem como a todas as entidades e parceiros que, de uma forma
descomprometida, duma forma empenhada e manifestando desde a primeira hora
uma grande abertura e disponibilidade, participaram colaborando connosco na
elaboração deste relatório.
Deputado Vasco Cordeiro (PS): Apoiado!
O Orador: E permita-me, Sr. Presidente, citar as palavras de alguém que foi só ex-
Ministro da Saúde de França, Prémio Nobel da Paz, galardoado pelo seu trabalho
enquanto fundador da Associação de Médicos Sem Fronteiras e refiro o país em si, porque ele foi considerado pela Organização Mundial de Saúde como tendo o
melhor sistema de saúde do mundo e o dito senhor, de seu nome Bernard Cochiné,
no VI Ciclo de Conferências do Fórum Gulbenkien de Saúde, a páginas tantas disse:
“As despesas de saúde cresceram sempre mais do que as previsões, mesmo que
mudem os sistemas”.
E um pouco mais à frente disse: “O homem ganha todos os anos três meses à morte
e essa renovada e permanente esperança deve-o à evolução dos cuidados de saúde”.
Daí ele dizer: “Não duvido que, mesmo mudando os sistemas, a despesa será sempre
superior à prevista inicialmente pelos governos”.
E conclui: “A saúde não pode ser avaliada apenas como um problema de despesa,
mas sim como um bem de consumo diferente de todos os outros”.
Quando ele se refere ao crescimento da esperança de vida tem a ver com o mundo
ocidental e não com um país em especial ou especificamente.
Fiz referência a isto para dizer que afinal sempre tínhamos alguma razão quando em
Fevereiro de 2002, nesta mesma Casa, foi apresentada pelo Partido Socialista a
Proposta de Resolução que levou à constituição da Comissão Eventual para o Estudo
do Financiamento do Serviço Regional de Saúde e tínhamos razão
independentemente do facto da mesma, no debate, ter sido apelidada de manobra
política, e cito o Sr. Deputado José Manuel Bolieiro – espero que desta vez ele não
vá buscar o dicionário – quando ele dizia: “Não fique qualquer dúvida de que o PSD
tem total disponibilidade para reflectir e debater o estado da saúde da Região
Autónoma dos Açores”. Fim de citação, página 40 do diário das sessões.
O Partido Socialista tinha razão desde a primeira hora, nesta Legislatura, que tem
vindo a referir inúmeras vezes que o grande dilema, a grande questão que se coloca
em termos da problemática do Serviço Regional de Saúde tinha a ver com a forma
como compatibilizar uma gestão de recursos humanos, de como se afiguram os
casos com uma cada vez maior procura de cuidados de saúde, o que implica
apetrechar e optimizar as diversas unidades de saúde existentes, bem como avaliar
da necessidade do surgimento de novas valências de modo a permitir uma resposta
mais atempada aos utentes.
Isto foi dito em Abril de 2001. Poderia igualmente referir o que foi dito em
Novembro de 2002 e poderia referir também o que foi falado em Maio do ano
passado quando o Governo Regional resolveu, por sua iniciativa, apresentar de
forma clara aquilo que era na altura o défice da saúde e os motivos que concorriam
para o mesmo.
Portanto, o trabalho desta Comissão não só teve toda a lógica, não só teve toda a sua
contextualização e necessidade, como se revelou frutuoso.
Estou certo que todos os membros da Comissão e esta Casa ficarão, a partir deste
momento, cada vez mais com melhor percepção e com um conhecimento mais
aprofundado num conjunto de situações que se verificam e vão verificando por esta
Região fora.
A questão de fundo que se coloca aqui, e retomando naquilo que foi sempre o
objectivo da Comissão em tentar compatibilizar aquilo que por vezes pode parecer
incompatível e que acabou por se consubstanciar em 26 propostas de recomendação
que se apresentaram neste momento ao Governo Regional, conforme era o objecto
da Comissão, indiciam que o problema do Serviço Regional de Saúde tem de ser
visto de uma forma global, de uma forma estruturante e funcional, duma forma de
gestão e duma forma regulamentar.
Isto implica que há todo um conjunto de mecanismos que é diferenciado do tempo,
ou seja, que as recomendações que são propostas não têm todas elas aplicação
imediata, não têm o mesmo impacto e algumas delas, asseguramo-lo desde já, a
serem adoptadas irão certamente, numa primeira fase, obrigar a um aumento de
custos, a um aumento de investimentos. Uma rede estruturada tem custos, o
incremento da telemedicina tem custos, a elaboração duma carta de cuidados de
saúde tem outro tipo de custos, de natureza mais funcional.
A regulamentação da Inspecção Regional de Saúde, terá custos, mas qual é o
objectivo final, é reduzir o défice de per si ou é garantir a racionalização dos
recursos que ao mesmo tempo irá permitir uma melhor prestação de cuidados de
saúde? Nós optamos claramente por esta segunda solução.
Há que optimizar e racionalizar, atendendo que o objectivo último e primordial do
Serviço Regional de Saúde é prestar um cada vez melhor cuidados de saúde aos
cidadãos.
Permita-me, Sr. Presidente, para concluir deixar apenas uma nota sobre a atitude que
os diferentes Grupos Parlamentares tiveram no que às recomendações e às propostas
finais diz respeito.
O debate sobre a saúde não começou hoje, não acaba hoje. Isto é apenas mais uma
etapa e será sempre um assunto que virá para esta Casa.
Mas, não deixa de ser estranho para este Grupo Parlamentar que o maior partido da
oposição, com vontade e responsabilidades de governação, que se pretende assumir
como alternativa e, ressalve-se esta nota que é importante, tendo colaborado com
grande empenho em todos os trabalhos da Comissão, isto para que não fique
qualquer tipo de dúvida neste aspecto, mas em termos de atitude política final, desde
o princípio deste ano quando se começou a ausentar das propostas de recomendação
a apresentar pela Comissão a esta Câmara e ao Governo Regional, tenha dito na
reunião tida a 11 de Fevereiro, em Angra do Heroísmo, que: “precisamos de tempo
para pensar e para consultar o nosso Grupo Parlamentar e as nossas estruturas
partidárias”. Isto é absolutamente legítimo.
Agora, no dia 26 do mesmo mês, tenha dito: “Depois da nossa reflexão entendemos
que, na generalidade, concordamos com as propostas emanadas do estudo que a
Comissão encomendou, mas não pretendemos apresentar propostas de
recomendação e vamos abster-nos perante todas aquelas que a Comissão
apresentou”.
Depois, no dia 13 de Março, último dia dos trabalhos da Comissão tenha dito: “Se
calhar o ideal era termos tido mais algum tempo, mais um mês ou dois de
prorrogação do prazo para podermos pensar com mais profundidade estas questões”.
Presidente: Sr. Deputado, agradecia que concluísse.
O Orador: Muito obrigado, Sr. Presidente, termino já.
Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, Sr. Secretário Regional:
Apenas para deixar a nota de que quem tantas e sobejas vezes falou de saúde nesta
Casa e fora dela; quem tantas e sobejas vezes levantou a bandeira da saúde como
algo necessário, estruturante e cultural para esta Região; quem tantas e tantas vezes
entendeu que por vezes a participação nos trabalhos da Comissão era quase um pacto
de regime sujeito à sua continuidade ou não se o Governo na altura retirasse ou não
o diploma da cooperação técnico-financeira com as autarquias; quem tantas e tantas
vezes faz do discurso da saúde uma questão de regime, não tenha tido a capacidade
política, repito, política para, ao longo de 10 meses de trabalho da Comissão, serem
capazes de apresentar uma proposta que fosse para colaborar, para melhorar,
rentabilizar e optimizar o Serviço Regional de Saúde.
É muito fácil, não apresentando propostas, fazer oposição dessa maneira, fazendo
promessas vagas e não as materializando.
É muito mais difícil assumir que a questão da saúde é uma questão que extravasa
partidos políticos, que extravasa legislaturas, que extravasa a própria Região.
É muito mais fácil entrar no discurso dizendo: “está tudo mal, está tudo num caos e
o Governo não faz nada”, mas são incapazes de apresentar uma sugestão que seja
para melhorar este estado de coisas.
Muito obrigado, Sr. Presidente."

Percebeu agora?

João Bruto da Costa disse...

Antes do comentário anterior ter sido postado já tinha apagado o meu comentário.
Porque o fiz? na altura que o postei pareceu-me bem mas depois achei que não valia a pena.
Atendendo ao tom do fim de discurso do Sr. Barros: "Percebeu agora?", que não me conhecendo devia ter a elevação de me tratar com o respeito que a qualquer um é devido, devo esclarecer que me limitei a citar uma intrevenção em que louvava o trabalho de TODOS na referida comissão.
Como não fui elemento da comissão presidida pelo Sr. Barros, nem pouco mais ou menos, nem conheço o que lá se passou apenas concluo que nos 4(?) anos de deputado o Sr. Barros fez 4 intrevenções em plenário e apresentou 5 requerimentos, se não me engano.
Isto é o eu posso aceder como cidadão no site da ALRA, e certamente que o Deputado Barros se fartou de trabalhar e que os outros não apresentaram nada.
Fico-me por aqui. E não vou perguntar se percebeu porque dou de barato que só não percebe se não quiser.

Anónimo disse...

O Sr. jbc sente-se ofendido por lhe ter perguntado "percebeu agora?" mas, acredite, não foi essa a minha intenção.
Mas, para que não lhe fiquem dúvidas, eu distingui claramente o modo como os trabalhos decorreram, onde só tive motivos para louvar TODOS os deputados da Comissão, com a atitude política do PSD no momento de apresentar propostas de recomendações.
E essa atitude,em termos políticos foi, na minha parca opinião, lamentável.
Quanto ao resto, e como deverá imaginar, não tenho qualquer responsabilidade pelo facto da base de dados do site da ALRA se revelar incompleta no que à minha humilde pessoa diz respeito, pois posso-lhe assegurar que fiz muito mais do que 4 intervenções em 4(quatro) anos e terei todo o gosto de lhe remeter cópias das mesmas ou de lhe indicar as Sessões onde as mesmas foram proferidas pois, pelos vistos, pareço-lhe suscitar grande curiosidade.
E, como deverá compreender, abstenho-me de comentar as insinuações acerca do trabalho desenvolvido. Para quem ficou melindrado com a falta de elevação das minhas palavras finais, creia respeitosamente que as suas também não se revelam muito elevadas.
É uma questão de sensibilidade.
E também me fico por aqui.
Francisco Barros

João Bruto da Costa disse...

Suscita-me tão só a curiosidade que me suscitam todos e quaisquer políticos eleitos em democracia representativa e que, só por isso, devem ser escrutinados e avaliados.
Não é uma questão pessoal, até porque, e nisto estamos de acordo, não nos conhecemos.
Quanto ao mais, não questiono a qualidade da base de dados da ALRA já que o orçamento daquela casa a isso me obriga.
Se V. Exa. está em défice nos motores de busca, a culpa não é, como concordará, minha.
Não duvido da sua palavra quanto a não ter tido intenção de ofender mas, lá está, na impessoalidade própria desta forma de comunicação acabamos por ler nas entrelinhas motivações eventualmente erradas.