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Começou às 19h e terminou às 21h40. Foram 2H40m. Uma eternidade televisiva. Um "
debate", raramente, que rapidamente se tornou um show em que os jornalistas presentes eram meros pontos que lembravam os temas. Devo confessar que parti para esta empreitada com o preconceito de quem previa um Sarkosy enérgito e uma Mdme Royal em dificuldades. O rolo compressor da direita contra a esquerda de plástico.
Surprise. Sarkosy é de direita porque diz que é de direita ou porque diz que "o que promete faz"? Ou apenas procurou não se expor demasiado para não espantar o eleitorado do centro? Ségolène não é só glamour. Fora algumas verdades feitas da "esquerda moderna" Mdme Royal mostrou um projecto, mas, fundamentalmente, a maioria das vezes, mostrou a segurança das ideias. É difícil resistir-lhe. Ganhou Royal porque ganhou a credibilidade que muitos lhe regateavam. Talvez mobilize alguns indecisos mas, possivelmente, pelo experiente tacticismo da postura defensiva de Sarkosy, não será suficiente para diminuir a diferença de
4% a 7% que, ainda, os separa a 4 dias da eleição. Finalmente, para quem tanto gosta de mal-dizer os debates nacionais ficou a prova de que não é só em Portugal que as questões internacionais e da globalização são tratadas superficialmente (tivemos uns 5m de Europa e Sarkosy é terminantemente contra a adesão da Turquia porque ... não é da Europa!?!), ainda que tal, num país com a importância da França, talvez, seja bem mais grave.
Para quem tenha preferido ver o
Milão-Manchester (3.0 e Káká é que é o melhor do mundo) a
sic-notícias transmite o debate às 23h (açores).
P.S. Sarkosy defende um mini tratado europeu para a reforma das instituições. A seu lado diz ter Blair, Zapatero e ... Merkel. Esta foi a verdadeira novidade do debate...
6 comentários:
Um filhote de húngaros que diz que a França deve fechar as portas a imigrantes... Está muita coisa dita sobre o senhor que, aliás, é extraordinariamente hiper-nervoso e a quem lhe lembram sempre, com uma cotoveladazinha de praxe "sorria para a câmara, olhe o fotógrafo!". Il fait de la pitié, pela falta de confiança em si, o m. sarkosy.
E o sr Marinho pensava que a mde royale era só glamour? tsc,tsc. Claro, e se fosse homem? Era só músculos? Ai, o pré-conceito. O mais difícil de mudar é a mentalidade da minha rua.
faça o favor de ler com atenção, o preconceito não estava no género mas na mensagem, é melhor guardar essa história do preconceito para a sua rua. Se tiver dúvidas vá aos arquivos ...
Gostei particularmente da parte em que Sarkozy narrava conversas particulares - e, como tal, impossíveis de confirmar - com Zapatero e Blair, para tentar deixar mal Madame Royal. O homem é bem mais fraco do que o pintam.
para mim o grau zero foram as constantes invocações do pensamento de françois hollande. Baixo, muito baixo ...
...Realmente, nestas coisas de blogs, como dizia o outro, "tudo é ressentimento". ;)
Quem é que tem tempo de andar a vasculhar arquivos (meus, seus, ou seja de que blog for)?
Dúvidas de quê, por d-us?
E até parece que andamos aqui a atacar ou a elogiar o próximo... pois se nem nos conhecemos! Isto é um blog, não é nada que mude o mundo. Convem que se perceba.
... E não moro numa rua, moro num largo. Felizmente, largueza de horizontes. :)
Cumprimentos.
o que seria baixo, se não fosse antes patético, é a royal pretender "estimular o debate" com uma conversa com o derrotado da primeira volta
rasputine
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