domingo, abril 22

CHÁ DAS CINCO #184


17.50
Nicolas Sarkozy e Ségolène Royal passam à segunda volta das eleições presidenciais francesas, de acordo com dados divulgados pela televisão francófona belga (RTBF, 29,15% e 23%) e pela Sky News (30% e 26%). O centrista François Bayrou deverá obter um resultado de 17% (RTBF).
A taxa de participação era de 73,87% às 17h00 locais (15h00 nos Açores) a três horas do fecho das últimas urnas de voto. Às 19h00, o Ifop avançava 82,7% de votantes, Ipsos 84,20%, CSA 84,3% e TNS-Sofres 84,5%. O recorde de participação na primeira volta data de 1965 (84,75%).
18.00
O canal tv France2, avança com a Projecção IPSOS que dá a N. Sarkozy 29,6% e a S. Royale 25,1%. Seguem-se Bayrou com 18,7% e J.M. LePen com 11,5%
18.20
Segundo as estimativas do Instituto Sofres-Unilogue, Nicolas Sarkozy estará com 30%, seguido de Ségolène Royal com 26%. François Bayrou será 3.º com 18,5%, Le Pen terá um resultado historicamente baixo: 11%, o mais baixo desde 1974. Segundo aquele Instituto o "voto útil" dirigiu-se para os dois principais candidatos.
18.25
O Le Monde faz uma ponderação com as diversas projecções disponíveis (IFOP, IPSOS, CSA, TNS-SOFRES) e chega aos seguintes números:Nicolas Sarkozy: 29,9%, Ségolène Royal: 26 %. François Bayrou: 18, 5% e Jean-Marie Le Pen: 11 %

Até já. Vou tentar ouvir as declarações dos candidatos.

22.40
Após o anúncio dos dois candidatos que passavam à 2.ª volta a IPSOS realizou uma sondagem telefónica a 1089 pessoas. Os resultados indiciam uma vitória de N. Sarkosy com 54% tendo S. Royale apenas 46%. Considerando que, dos inquiridos, 88% manifestou ser essa a sua escolha definitiva esperam-se 15 dias muitos duros para Ségoléne Royale e para o PS francês. É que se, simplesmente, se dividir em partes iguais os 19% do eleitorado centrista de François Bayrou, perto de 6 milhões de pessoas, a direita+extrema-direita continuam a garantir 55% dos votos enquanto que a esquerda+extrema-esquerda apenas 45%. Não deixa de ser curioso que, mais uma vez, é o eleitorado de centro, que se formou contra o maniqueísmo, direita/esquerda, do sistema, quem vai ser forçado a escolher um dos lados. Afinal, não é para isso que servem os partidos do centro?


P.S. Depois de algumas horas a observar com admiração a dinâmica, a qualidade e o pluralismo do debate e do comentário nos canais franceses, a cereja televisiva da noite foi ver a abertura do Telejornal nacional, no canal 1, ocupada nos primeiros 10minutos com a eventual cirurgia coronária de Eusébio.Pois seja...

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