quarta-feira, novembro 1

PURO PRAZER #260

A chegada do Outono traz-nos, invariavelmente, a indispensável diversidade cinematográfica. Pensava eu que, para quem gosta de cinema, qualquer altura do ano é boa para ir a uma sala e ver a projecção em ecrã gigante. Talvez não seja assim, pois o que é facto é que, fora o CINE SOLMAR que nos vai dando alternativas (e a MUU este verão no T.M.), são os ciclos de cinema outonais que trazem a alegria a qualquer cinéfilo que se preze. Assim é que por Angra desde finais de Setembro a CAH – Cine Angra do Heroísmo (Associação de Audiovisuais/ Cinema de Animação) projecta, aos sábados às 16h, cinema alternativo, conseguindo afastar o mofo instalado nas paredes do Teatro Angrense. Também parece que o IAC não se quer ficar atrás e, utilizando outra instalação cultural da Câmara, se prepara, a partir de dia 4 Novembro, para projectar às 18h no Centro Cultural (o eterno problema: ou não há nada ou quando há atropelam-se).
Mas este post tem mais a ver com a SEMANA FANTASPORTO 2006 que está a passar, desde ontem, no Teatro Micaelense e que durará até dia 7. Ou melhor, com um realizador fantástico (não gosto muito deste adjectivo) e não propriamente com o cinema do fantástico.
Quero falar do filme The Isle/SEOM (dia 3 no T.M.) e do seu realizador Kim Ki Duk. Quando, acho que em 2002, tive a oportunidade de ver «O bordel do Lago» (nome em português) apercebi-me que o realizador seria alguém a merecer pesquisa e acompanhamento. Esta obra ficou, para mim, referenciada como indispensável na compreensão do elemento feminino ou da violência emocional que carregam os silêncios na filmografia deste excelente realizador coreano. A verdade é que os mediatizados Takeshi Kitano ou Wong Kar Wai ofuscam, para os menos curiosos, Kim Ki Duk como uma das referências obrigatórias do cinema asiático contemporâneo. Mas, se olharmos com atenção, o seu currículo é esmagador no atestado de qualidade. Espero que este post e o trabalho que a MUU tem feito na sua divulgação (no verão projectou «Primavera, Verão, Outono, Inverno... e Primavera») ajudem a fazer justiça junto do público açoriano. Posso destacar:

2 comentários:

Vitor Marques disse...

Obrigado Guilherme. Partilho contigo a opinião de que kim-Ki Duk é um realizador a seguir com muita atenção - bem como Chan Wook Park, outro sul coreano. Comprei na semana passada o Ferro3 que ainda nao tive oportunidade para ver. Quanto ao fantas e a Kim-Ki Duk tudo fizemos para integrar no programa o The Bow que foi exibido no último Fantasporto, mas o mercado de distribuição em Portugal é um meio muito estranho e difícil. Talvez para o ano.

gm disse...

Do Chan Wook Park só conheço o «Old Boy» que também gostei bastante.

Sem querer abusar podiam fazer uns ciclos de autor. por ex hoje comemoram-se os 100 anos do visconti

http://www.luchinovisconti.net/