Tendo assistido a esta conferência gostava de vos deixar algumas notas fortes que me ficaram:
a) O Autor defendeu a falência do modelo constitucional de 1976, sustentado na ideia que não se concebeu um regime de separação de poderes mas um regime de divisão de poderes que não permite a responsabilização directa de nenhum dos intervenientes;
b) O Autor defendeu que o modelo económico-social de 76 não foi cumprido nem pode ser cumprido por Portugal, uma vez que:
- não tem um sistema produtivo que sustente o cariz social do desenho de Estado;
- não controla, por estar integrado na UE, os instrumemtos de soberania necessários para poder compensar os desiquilíbrios (moeda e taxas de juro);
c) O autor defendeu a inexistência de sociedade civil em Portugal uma vez que todas as actividades estão de algum modo dependentes da intervenção estatal;
d) O autor defendeu um processo de «demolição controlada» do sistema de 76 caso contrário assistiremos a uma «derrocada» do mesmo, a saber:
- Redesenhando o sistema de direitos sociais adquiridos e compatibilizando-o com o nosso estádio de desenvolvimento;
- Criando novas elites sociais através da alienação de parcelas do Orçamento ao sector privado nacional;
- Orientando o país para áreas de especialização (ex: Turismo e Saúde para a 3.a idade);
e) O autor defende que só se atingirá este objectivo com um Primeiro Ministro e um Presidente da República que tenham o mesmo discurso e que representem os dois grandes pólos políticos nacionais evitando o aparecimento de um «vendedor da banha da cobra» que prometendo o céu e a terra desvie o eleitorado das suas prioridades;
f) O autor, mau grado ter sido 20 anos assessor da Presidência da República (1976-1996), não foi capaz de fazer um mea culpa.
(... para quem se procura informar nada de novo é certo, mas tendo visto gente «importante» que saiu «arrepiada» da conferência não pude deixar de ficar ainda mais preocupado)
a) O Autor defendeu a falência do modelo constitucional de 1976, sustentado na ideia que não se concebeu um regime de separação de poderes mas um regime de divisão de poderes que não permite a responsabilização directa de nenhum dos intervenientes;
b) O Autor defendeu que o modelo económico-social de 76 não foi cumprido nem pode ser cumprido por Portugal, uma vez que:
- não tem um sistema produtivo que sustente o cariz social do desenho de Estado;
- não controla, por estar integrado na UE, os instrumemtos de soberania necessários para poder compensar os desiquilíbrios (moeda e taxas de juro);
c) O autor defendeu a inexistência de sociedade civil em Portugal uma vez que todas as actividades estão de algum modo dependentes da intervenção estatal;
d) O autor defendeu um processo de «demolição controlada» do sistema de 76 caso contrário assistiremos a uma «derrocada» do mesmo, a saber:
- Redesenhando o sistema de direitos sociais adquiridos e compatibilizando-o com o nosso estádio de desenvolvimento;
- Criando novas elites sociais através da alienação de parcelas do Orçamento ao sector privado nacional;
- Orientando o país para áreas de especialização (ex: Turismo e Saúde para a 3.a idade);
e) O autor defende que só se atingirá este objectivo com um Primeiro Ministro e um Presidente da República que tenham o mesmo discurso e que representem os dois grandes pólos políticos nacionais evitando o aparecimento de um «vendedor da banha da cobra» que prometendo o céu e a terra desvie o eleitorado das suas prioridades;
f) O autor, mau grado ter sido 20 anos assessor da Presidência da República (1976-1996), não foi capaz de fazer um mea culpa.
(... para quem se procura informar nada de novo é certo, mas tendo visto gente «importante» que saiu «arrepiada» da conferência não pude deixar de ficar ainda mais preocupado)
8 comentários:
Ou Sócrates aprende cavaquês ou ficamos "gregos"...
Rui Coutinho
Pois Rui, foi esse «peixinho» que o Joaquim Aguiar veio cá vender...eheh
Arrepiados porquê?
é só dar uma volta pelos blogs e verivicar que anda tudo no mesmo... este modelo está esgotado.
Novos rumos precisam-se... e rápido sff.
amigo guilherme
ambos estivemos nesta conferência e ambos ficámos com amesma impressão. Pessoalmente não me parece absurda a exposição do Joaquim de Aguiar, apesar de encontrar alguns argumentos que carecem de melhores provas, por isso aguardo com expectativa o livro dele que deve sair em Outubro.
De qualquer forma, parece-me importante abordar estas questões. Só é pena que pouco acorram àqueles debates e muitos menos se preocupem em trazer analistas da craveira do Joaquim Aguiar para os abordar. Mesmo com erros e possíveis imprecisões, aqueles argumentos colhem juntod e quem pensa e podem gerar debates e reflexões muito interessantes.
Abraço
Paulo Pacheco,
a assistência não correspondia propriamente ao perfil dos bloggers eheh (>50s)
Rui Messias,
de facto a análise foi bastante bem sustentada acho que ele falhou na apresentação das soluções.
De qualquer modo ando à volta de umas ideias que ele lançou e que me parecem ser importantes para a Região.
Afinal sempre vou escrever qualquer coisa ;)
Abraço
Devia ser saúde, saúde e mais saúde para a terceira idade e pensar em formas sérias de turismo em vez de os mandar aos trambolhões num autocarro quando eles se esquecem até de quem são quanto mais de onde estão...
A insistência pode parecer-vos despropositada, mas a Alzheimer ataca cada vez mais cedo e a esclerose múltipla também. Àsvezes, com 50 anos, já se anda à nora. Triste, mas real... :(
Looking for information and found it at this great site... health insurance Contact lens online store acuvue suzuki sp 200 Pc1 video cards Drug information wellbutrin license plate frames rieger body kits bmw Free gay male cock video http://www.jenn-air-double-oven.info Newfoundland vitamins subaru shinji mp3 Mechanism of acyclovir Boating framingham massachusetts Explicit consumer guide to vibrators Used hobart dishwashers
Cool blog, interesting information... Keep it UP » » »
Enviar um comentário