De como em terra de cegos quem tem olho seria Rei. Ou dos nados-mortos. O presidente do PDA anunciou que depois de "diversas reuniões" com dirigentes regionais do Partido Popular Monárquico, Partido da Nova Democracia e ainda independentes, ficou acordada uma coligação, que pretende "reunir forças e fazer uma frente democrática que permita eleger deputados" ao Parlamento açoriano. Ficou também aprovado convidar o deputado independente Paulo Gusmão para encabeçar este movimento eleitoral. Nada mais natural ver um independente a liderar três forças partidárias, por força dos 500 votos que, presume-se, conseguiria arregimentar para os lados de Ponta Garça. Para que se perceba melhor a ideia, PPM e PDA, tiveram, respectivamente, nas últimas regionais, os seguintes resultados globais: 276 e 248 votos. O PND só concorreu na nacionais de 2005 e obteve, na Região, 691 votos. Contudo, parece-me que a dita coligação, antes de nascer, já está morta, pois, Paulo Gusmão já anunciou, publica e expressamente, que "para que não restem equívocos ou tabus, comunico que não serei candidato nas próximas eleições à Assembleia Legislativa Regional dos Açores". Pelos vistos andou muito boa gente a ser bem enganada. Resta-lhes uma corvina esperança. Esperem sentados...
3 comentários:
Eu acrescentaria apenas que, em terra de censores, ganham os ditadores. Vamos esperar de pé, com honra e dignidade, mas amordaçados pelos esbirros do regime.
Isto é uma ditadura igual às outras. Não se fala, sussurra-se. Não se discorda, cala-se.
Não sei até que ponto vale a pena participar nas eleições de um regime em que as regras estão, à partida, viciadas pelos pides e bufos da situação.
Por mim, obviamente, vou tentar demitir o tirano.
Não para receber o salário de quase 5 mil euros dos deputados, uma vez que, por decisão unânime, no PPM-Açores qualquer eleito continuará a receber apenas o seu vencimento actual.
Não para ser rei de nada, nem de ninguém, mas por amor à LIBERDADE.
Quem fica a perder é o PDA.
E a ganhar?
A perder ficam os 3 partidos que não fixam novo eleitorado. A ganhar fica o status quo e, claramente, o partido do poder que não tem uma voz contestatária credível à direita.
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