"...Os programas do PSD/A foram confiados a “funcionários” aos quais também era pedido que conduzissem o combate com o adversário político, ou com o aliado de momento. Consequentemente, os debates de fundo deixaram de ser incisivos fora do círculos dos detentores de mandatos e deixaram de ter qualquer repercussão externa. Um vazio que o apoio de «especialistas da sociedade civil» serviu apenas para mascarar, sobretudo perante a comunicação social. Parece ser, justamente, aqui que reside a crise dos grandes partidos e em especial a do PSD/A. Nem as correntes mais autonomistas, ou conservadoras tradicionais (defendem o trabalho e a família), ou liberais (que nunca se reviram no ideário social-democrata açoriano, mas que defendem a livre concorrência, o empreendedorismo, a responsabilidade individual, o mérito), nem mesmo os aliados dos sindicatos (relembre-se a ligação dos TSD açorianos ao sindicalismo da UGT), procuram um diálogo junto daquele partido. O único esforço visível para alterar o paradigma social-democrata açoriano surge na sua base autárquica que reinventa a subsidiação directa e as obras públicas, através do populismo pragmático, para a prossecução imediata do bem-estar do cidadão: «Ponta Delgada, um concelho feliz!». Eis-nos chegados ao actual PSD/A..."
ZERO À DIREITA, ontem no Diário Insular ou n' O Bule do Chá
ZERO À DIREITA, ontem no Diário Insular ou n' O Bule do Chá
2 comentários:
Gosto mesmo muito de ler o que escreves, ou mesmo o que escolhes partilhar connosco, quando escrito por outros. É tão bom que nem me atrevo a comentar...
obrigado
rui raposo
Mas afinal o texto não tem a autoria moral e material do GM ??? Humm ... a seguir com atenção a continuação deste seriado.
JNAS
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