De novo estamos todos pasmos/indignados com os valores da abstenção eleitoral na Região. Desta vez a abstenção chegou aos 70,5% baixando apenas 2,4%, em relação a 98, quando no todo nacional desceu 12%
Dizer que a abstenção técnica (cadernos desactualizados) na Região tem muita culpa é tapar o sol com a peneira. A verdade é que, através dos números, comparando o exercício do voto nas regionais, autárquicas e nacionais, se tornou, para mim, claro que os açorianos eleitores não estão minimamente mobilizados para as eleições nacionais.
Se alguém se der ao trabalho de confirmar os resultados eleitorais desde 98 (última actualização dos cadernos) a abstenção na Região em actos eleitorais de âmbito nacional nunca baixou os 50%, vejamos:
Legislativas Regionais
2000 – 47%
2004 – 44,3%
Autárquicas
2001 – 42,2%
2005 – 41,8%
Legislativas Nacionais
1999 – 49,7%
2002 – 51,9%
2005 – 51,8%
Presidenciais
2001 – 62, 8%
2006 – 56,9%
Europeias
1999 – 69,1%
2004 – 69,4%
Referendos
1998 – 72,9%
2007 – 70,5%
Não me digam que não temos aqui um problema!
[Adenda, 14.02.07]
Ainda sobre a abstenção no referendo, a ler:
Referendo, João Paulo Guerra (Diário Económico)
Os submissos, Miguel Carvalho (Visão)
O dever do voto, Pedro Rolo Duarte (Diário de Notícias)
Sujeitos passivos, Fernando Sobral (Jornal de Negócios)
Dizer que a abstenção técnica (cadernos desactualizados) na Região tem muita culpa é tapar o sol com a peneira. A verdade é que, através dos números, comparando o exercício do voto nas regionais, autárquicas e nacionais, se tornou, para mim, claro que os açorianos eleitores não estão minimamente mobilizados para as eleições nacionais.
Se alguém se der ao trabalho de confirmar os resultados eleitorais desde 98 (última actualização dos cadernos) a abstenção na Região em actos eleitorais de âmbito nacional nunca baixou os 50%, vejamos:
Legislativas Regionais
2000 – 47%
2004 – 44,3%
Autárquicas
2001 – 42,2%
2005 – 41,8%
Legislativas Nacionais
1999 – 49,7%
2002 – 51,9%
2005 – 51,8%
Presidenciais
2001 – 62, 8%
2006 – 56,9%
Europeias
1999 – 69,1%
2004 – 69,4%
Referendos
1998 – 72,9%
2007 – 70,5%
Não me digam que não temos aqui um problema!
[Adenda, 14.02.07]
Ainda sobre a abstenção no referendo, a ler:
Referendo, João Paulo Guerra (Diário Económico)
Os submissos, Miguel Carvalho (Visão)
O dever do voto, Pedro Rolo Duarte (Diário de Notícias)
Sujeitos passivos, Fernando Sobral (Jornal de Negócios)
5 comentários:
as pessoas aos pouco apercebem-se de que não há assim muito que possam fazer para acabar com a palhaçada que se passa nos açores e deixam simplesmente de querer saber..
Nisso concordo consigo. Esta questão ou outra qualquer precisa de ser votada independente de ser sim/não ou até mesmo o voto em branco(este sim mostra a indiferença ou a pouca vontade de decidir sobre esta materia). Agora não ir é uma solução muito má para a democracia. Como queremos defender os nossos direitos se, quando temos hipotese de mostrar a nossas ideias, simplesmente as pessoas não o vão fazer?
População cada vez mais envelhecida, a viver só.
Locais de voto nem sempre acessíveis a quem tem dificuldade em andar.
Há freguesias nos Açores em que a percentagem de idosos é maioritária.
Também concordo consigo. Neste aspecto não podemos atribuir culpas e dizer que é uma abstenção técnica. Talvez quem tem a culpa será os nossos governantes, porque lhes cabe incutir nas pessoas o sentido de cidadania.
Não se esqueçam que há estudantes deslocados dos Açores que só podem votar por correspondência nas Regionais e nas Autárquicas. O mesmo se passa com tudo o que é trabalhador deslocado. Se imaginarem bem verão que, embora não sendo uma abstenção voluntária, ajuda muito nos resultados finais...
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