“Miguel Gonçalves Mendes – O Mário tem medo da morte?
Mário Cesariny – Sou capaz de ter, um bocadinho. Não sei o que é. (ri)
Mas gostava de ter daquelas mortes boas … a gente deita-se para dormir e nunca mais acorda, isso é que é bom. Mas tenho medo sobretudo da degradação física, isso sim! Porque eu já sofro um bocadinho, vá lá, isso é que é muito chato, isso já é a morte a trabalhar, a trabalhar.
A morte propriamente não existe. Se morreu, morreu…é o momento! Tens medo da morte tu?”
In Verso de Autografia/Mário Cesariny. Ed. Assírio & Alvim, 2004
Tens medo da morte tu? Da minha não, tenho medo da morte dos outros. Até já.
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