quinta-feira, novembro 16

CHÁ QUENTE #242

“…Nesta maré de informações que nos inunda misturam-se sem distinção as notícias importantes e as insignificantes. Instala-se assim uma nova forma de censura, à qual poderíamos chamar “censura democrática”. Por oposição à censura autocrática, que existe nos regimes autoritários, ela já não se funda na supressão ou no corte, na amputação ou na interdição de dados mas, pelo contrário, na acumulação, na saturação, no excesso e na superabundância livre de informações. O cidadão é literalmente asfixiado, ele é esmagado por uma avalanche de notícias, de relatórios, de dossiês – mais ou menos interessantes – que o mobilizam, o ocupam, saturam o seu tempo e, como logros, o distraem do essencial, e por vezes lhe escondem verdades ocultadas…”

Informar, por Ignacio Ramonet na Edição Portuguesa do Monde Diplomatique. (um regresso que se saúda em favor da informação e do “pensamento crítico rigoroso”)

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