quarta-feira, agosto 9

CHÁ COM TORRADAS #129 (Act.)


To Israel with love
Why America gives Israel its unconditional support
"...Americans instinctively see events in the Middle East through the prism of September 11th 2001. They look at Hizbullah and Hamas with their Islamist slogans and masked faces and see the people who attacked America—and they look at Israeli citizens and see themselves. In America the “war on terror” is a fact of life, constantly reiterated. The sense that America is linked with Israel in a war against Islamist extremism is reinforced by Iranian statements about wiping Israel off the surface of the earth, and by the political advance of the Islamists of Hamas in Palestine..."

Entretanto, o projecto de resolução da França e dos Estados Unidos sobre o Líbano vai ser emendado para ter em conta as objecções das autoridades libanesas e da Liga Árabe.

As coisas são o que são
“…Na Europa, governos, partidos, políticos, igrejas, ONG, cidadãos clamam há semanas por um cessar-fogo, de cuja necessidade urgente o bombardeamento de dezenas de crianças libanesas em Cana se tornou emblema. Cada dia morre mais gente. Partes vitais do Líbano vão sendo transformadas em ruínas pela aviação israelita. E no norte de Israel já caíram mais de mil «rockets». Parar a guerra para negociar depois a paz parece imposição evidente de humanidade e bom-senso.
Não é tão simples. Certamente ao Hezbollah, aos seus mentores iranianos e sírios e a todos os jiadistas antiocidentais conviria um cessar-fogo imediato e incondicional: o sul do Líbano continuaria nas mãos da milícia xiita que nunca desarmou, contra o exigido pelas Nações Unidas em 2000 quando Israel se retirara. As provocações que levaram à retaliação israelita teriam sido recompensadas, deixando Israel mais vulnerável. Nenhum governo de Telavive aceitaria tal acordo. Em todas as guerras em que teve de se defender dos vizinhos Israel fê-lo para garantir sobrevivência – e o chefe do Hezbollah e o Presidente do Irão continuam a apelar à liquidação do Estado de Israel.
Os regimes sunitas moderados da região, com medo de uma tenaz xiita iraniana, iraquiana e libanesa, querem uma derrota do Hezbollah mas têm cuidado a exprimir-se perante indignação popular que cresce dia a dia com a violência israelita em Gaza e no Líbano.
Bom senso europeu exige fim da guerra europeu mas com um acordo que neutralize o Hezbollah e reforce a segurança futura de Israel e do Líbano. O tempo é pouco. Na ONU, americanos e franceses trabalham por isso. O que está em jogo é, por um lado, a sobrevivência da única democracia parlamentar do Médio-Oriente e, por outro, a contenção de regimes ditatoriais destabilizadores: o do Irão, além disso teocrático e prosélito. Se a Europa e Estados Unidos forem influências determinantes na região, Israel poderá vir a ter ao seu lado um Estado palestiniano democrático. Se o Irão triunfasse, não haveria democracia palestiniana e Israel ficaria em perigo mortal. É tudo isto que os termos de um cessar-fogo na Guerra do Líbano têm que levar em conta. As coisas são o que são."


José Cutileiro (Expresso, 5 Agosto)

1 comentário:

Anónimo disse...

cessar fogo??

Dont think so.