segunda-feira, fevereiro 6

CHÁ QUENTE #156


"...olhe para o mar como um «hipercluster», à volta do qual se desenvolvem actividades científicas (porque não fazer de Portugal o centro europeu de investigação das ciências marítimas?), industriais (desenvolvimento da aquacultura -25% do pescado consumido no mundo vem por esta via e chagará aos 50% em 20 anos -, aproveitamento da energia da ondas, desenvolvimento científico e tecnológico da exploração da biodiversidade marinha e dos recursos do fundo do mar para utilização na cosmética e na indústria farmacêutica) e turísticas (80% do nosso turismo beneficia da proximidade do mar)..."

O mar é o nosso petróleo, a nossa Nokia, Nicolau Santos. Expresso 4 Fevereiro 2006.

3 comentários:

Anónimo disse...

Ora aí está uma cantilena que eu oiço desde sempre. E concordo com ela. Só que é difícil cavar petróleo com "golfinhos azuis", por exemplo.
E concorrer com poderosos para Centro Europeu de Mergulho, então nem se fala. Quando há iniciativa privada, ficam proibidos de navegar por algum motivo escuso e apodrecem os barcos à vista de todos.E eu que até sou optimista, ninguém diria...

SL disse...

A nossa Nokia é tramada... não sei se é defeito de fabrico, se são só as antenas que andam com pouca rede.
Jinho

Caiê disse...

Com o pouquíssimo investimento que se tem dado às investigações marinhas (sim, porque toda a gente sabe qual é o parente pobre da investigação nos Açores, contrariando toda a lógica!), tem-se é feito muitíssimo (de novo, contrariando quem, se calhar, não esperava que se mexessem...).
Não sendo especialista (mas tendo olhinhos na cara), posso ver que há diversas linhas de investigação em curso no DOP-IMAR, tanto no domínio litoral, como a nível de recursos pesqueiros, como ainda no domínio profundo; que há diversos projectos de colaboração com entidades de outros países; que há publicação; que há participação em comissões científicas; que houve instalações de satélites para oceanografia e para o Laboratório Internacional de Ecossistemas do Oceano Profundo; que há uma rara abertura à comunidade.
O que não há é uma alma que olhe para ali e diga "Chegou a altura de injectar o $$$ no pólo da Horta."