sábado, novembro 26

CHÁ QUENTE #128


"(...) Antigamente, pertencer a um partido era algo tribal, quase hereditário. Hoje, os indivíduos, cada vez mais em movimento e mais citadinos, menos agarrados às raízes e mais exigentes nas suas escolhas, têm necessidade de estapas intermédias para se identificarem. É por isso que os partidos procuram criar (ou reforçar, quando já existe) uma nova categoria de associados, a dos «simpatizantes» - por oposição aos militantes -, interrogando-se ao mesmo tempo sobre os direitos e responsabilidades a atribuir-lhes.
Tendo diminuído a influência dos militantes na política e na selecção dos candidatos, a adesão plena perderá todo o interesse se meros «simpatizantes» desempenharem um papel equivalente? que novas motivações há que introduzir? Perante a procura de líderes que falem verdade e sejam conhecidos, qual é a dose aceitável de pluralismo entre os militantes e os dirigentes? A categoria mais importante talvez seja a dos partidários potenciais: alguns partidos desenvolvem grandes esforços para os fazer aparecer, listá-los e comunicar com eles (...)"

Open parties? A map of 21st century democracy, Paul Hidler ("Estão os Partidos políticos condenados a desaparecer?" na versão portuguesa do Courrier Internacional de 25 de Novembro)

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