Caro Guiherme todos os contributos, são bem vindos. Estou, como disse anteriormente, a compilar toda a informação disponível e a tentar por vários meios, cópia das candidaturas de Vila Real, Coimbra e Faro. A ideia é, quando tiver toda a informação, programar um encontro/debate com os potenciais interessados neste assunto. Claro que também me interessam as opiniões contrárias, como a do amigo Barata, só gostava que ele explicasse porque acha que é um disparate.
Desculpa Nuno mas um centro de arte contemporânea ou das artes não tens nos Açores nem nenhuma estrutura actual o conseguirá ser. Quanto à parte dos mecenas foi o meu ponto n.º1 quando o victor levantou a lebre. No entanto não abdicaria já do princípio de que uma capital nacional também pode trazer vantagens a nível de infraestruturas duradouras e rentáveis (económica e socialmente)é preciso pensar quais nos fazem realmente falta e como se conseguirão aliar aos movimentos culturais e aos capitais privados existentes. Acho que ainda é cedo para recusas liminares ;)
PS faltou acrescentar que nos links estão algumas ideias que vão além dos edifícios. Vê esta do centro das artes da calheta: "os objectivos passam ainda por estimular a intervenção artística e a criatividade, por incrementar a oferta de actividades de educação e formação através da arte e por conservar e aumentar o património artístico e cultural madeirense." Abraço
Eu concordo com o principio de que a Capital nacional pode ser uma mais valia. Açores é que não, seja Angra, seja Horta seja a que entenderem, fazer uma coisa tripartida ou tetrapartida, não! Esse tem sido sempre o nosso problema, repartir pelas aldeias não cabe nada de jeito a ninguém.
É verdade também que não temos um centro de arte contemporânea, nem arte contemporânea temos, mas também é verdade que os já bons espaços que temos não estão devidamente potenciados. Temo pela criação de novos espaços para serem votados ao abandono. Repara no desperdicio que tem sido o espaço magnifico da Biblioteca Pública e arquivo de POnta Delgada.
percebo a tua preocupação que também é a minha mas se calhar o mal tem sido afastar as entidades culturais da vida normal dessas estruturas existentes, se pensares um espaço de cultura sem vivência diária dos «produtores» repetes o erro. o mal está no uso esporádico para uma programação e não no uso diário de uma vivência (não sei me me fiz entender?) A partir daí podes reproduzir essa experiência nas 9 ilhas nas tais infraestruturas que temos e ligar muitas actividades em rede que é no fundo o que qualquer actividade cultural precisa: canais para circular e para crescer ... (como vês sou 1 teórico do caraças eheh é do calor e da lua cheia)
Boa. Está lua cheia e a conversa parece animada.Vamos por partes.
1º - Guilherme, claro que o mais importante nos teus links eram as ideias, que me agradaram sobretudo a filosofia do programa "Cerveira Artes", filosofia essa que já tinha discutido com os primeiros reponsáveis pelos projectos dos novos espaços culturais de Ponta Delgada. Não serve de nada, é inconsistente, a abertura de espaços exclusivamente para "venda" de eventos culturais. É necessário dotar esses mesmos espaços de condiçoes que potenciem a criação local - ateliers, salas de ensaio, meios de investigação, etc. etc. ( leio agora os objectivos do centro de artes das calhetas, e é isso mesmo) e para além disso, apostar fortemente no intercâmbio e itenerância dos projectos regionais. Não faz nenhum sentido que, vivendo eu nos Açores há 12 anos, ainda não tenha assistido, por exemplo, aqui em S. Miguel a nenhum espectáculo do Alpendre.
2º - Barata, a ideia de avançar com a região Açores para capital da cultura, e não de uma qualquer cidade açoreana, surgiu quando tive conhecimento da excepção criada para Faro. Quem se candidatou a capital nacional da cultura para 2005, foi a região Algarve e não a cidade de Faro. Foi aí que se deu o click. Se foi aberta uma excepção para a região Algarve, porque não para a região Açores? Mais, uma das vantagens de uma capital da cultura é a construção ou recuperação de equipamentos culturais. Se Ponta Delgada, Angra e Horta, já dispõem de espaços com algum potencial, em Santa Maria, por exemplo, não existe um auditório, capaz de receber com qualidade um qualquer evento cultural. Mais ainda, sabes bem, que o problema da biblioteca não é de falta de propostas nem de ideias, é sim, a eterna pedra na engrenagem que não admite que outros possam idealizar e executar, projectos que deveriam ser pensados por eles. Na minha terra, diz-se uma frase, muito à moda do Porto, para caracterizar estas situações, (........... ...) Quanto à afirmação " nem arte contemporânea temos" deixo para outras núpcias, mas posso questionar desde já o que andarão a fazer os cerca de 30 criadores que estiveram na exposição "Evocações da Paisagem" e outros, arquitectos, escultores, designers, que lá não estiveram?????
A região do Algarve não é nem por um segundo comparável com a Região Açores . Numa e vinte euros vais e vens do sotavento ao barlavento. De Santa Marioa às Flores gastas cerca de 4 horas e 200 euros mais uma dormida e duas refeições fora (minimo). Eu sou contra tudo o que se possa fazer nos Açores dispersando as iniciativas. Descentralizar sim mas sem dispersar. Isto é, podem fazer-se grande eventos em todas as Ilhas mas nunca um mega evento que abranja mais do que uma, é um logro e um desperdicio de recursos absolutamente desnecessário. Tudo sabes como é com o Festival Musica Atlântico. Não preciso dizer nmais nada. Quianto ao resto estamos de acordo, aliás sempre estivemos.
Nota final: Eu estou farto de ouvir dizer que são necessários mais meios e mais condições mas sempre que estes melhoram a prodiução continua a mesma. O que falta são agentes culturais e mecenas. Mai nada.
12 comentários:
Estruturas já nós temos. Faltam agentes culturais, os tais que se queixavam de falta de espaços e faltam mecenas. Mais nada.
PS: este não é um contributo para o Açores 2010 que para mimé um disparate é um contributo para o AçoresSEMPRE.
Caro Guiherme todos os contributos, são bem vindos. Estou, como disse anteriormente, a compilar toda a informação disponível e a tentar por vários meios, cópia das candidaturas de Vila Real, Coimbra e Faro.
A ideia é, quando tiver toda a informação, programar um encontro/debate com os potenciais interessados neste assunto.
Claro que também me interessam as opiniões contrárias, como a do amigo Barata, só gostava que ele explicasse porque acha que é um disparate.
Cumps.
Eu explico Vitor, mas com tempo.Ok.
PS: O facto de eu não concordar não quer dizer que desistas, e se a ideia prevalecer conta com a minha ajuda.
Desculpa Nuno mas um centro de arte contemporânea ou das artes não tens nos Açores nem nenhuma estrutura actual o conseguirá ser. Quanto à parte dos mecenas foi o meu ponto n.º1 quando o victor levantou a lebre.
No entanto não abdicaria já do princípio de que uma capital nacional também pode trazer vantagens a nível de infraestruturas duradouras e rentáveis (económica e socialmente)é preciso pensar quais nos fazem realmente falta e como se conseguirão aliar aos movimentos culturais e aos capitais privados existentes.
Acho que ainda é cedo para recusas liminares ;)
PS faltou acrescentar que nos links estão algumas ideias que vão além dos edifícios. Vê esta do centro das artes da calheta:
"os objectivos passam ainda por estimular a intervenção artística e a criatividade, por incrementar a oferta de actividades de educação e formação através da arte e por conservar e aumentar o património artístico e cultural madeirense."
Abraço
Eu concordo com o principio de que a Capital nacional pode ser uma mais valia. Açores é que não, seja Angra, seja Horta seja a que entenderem, fazer uma coisa tripartida ou tetrapartida, não!
Esse tem sido sempre o nosso problema, repartir pelas aldeias não cabe nada de jeito a ninguém.
É verdade também que não temos um centro de arte contemporânea, nem arte contemporânea temos, mas também é verdade que os já bons espaços que temos não estão devidamente potenciados. Temo pela criação de novos espaços para serem votados ao abandono. Repara no desperdicio que tem sido o espaço magnifico da Biblioteca Pública e arquivo de POnta Delgada.
percebo a tua preocupação que também é a minha mas se calhar o mal tem sido afastar as entidades culturais da vida normal dessas estruturas existentes, se pensares um espaço de cultura sem vivência diária dos «produtores» repetes o erro. o mal está no uso esporádico para uma programação e não no uso diário de uma vivência (não sei me me fiz entender?)
A partir daí podes reproduzir essa experiência nas 9 ilhas nas tais infraestruturas que temos e ligar muitas actividades em rede que é no fundo o que qualquer actividade cultural precisa: canais para circular e para crescer ...
(como vês sou 1 teórico do caraças eheh é do calor e da lua cheia)
Boa. Está lua cheia e a conversa parece animada.Vamos por partes.
1º - Guilherme, claro que o mais importante nos teus links eram as ideias, que me agradaram sobretudo a filosofia do programa "Cerveira Artes", filosofia essa que já tinha discutido com os primeiros reponsáveis pelos projectos dos novos espaços culturais de Ponta Delgada. Não serve de nada, é inconsistente, a abertura de espaços exclusivamente para "venda" de eventos culturais. É necessário dotar esses mesmos espaços de condiçoes que potenciem a criação local - ateliers, salas de ensaio, meios de investigação, etc. etc. ( leio agora os objectivos do centro de artes das calhetas, e é isso mesmo) e para além disso, apostar fortemente no intercâmbio e itenerância dos projectos regionais. Não faz nenhum sentido que, vivendo eu nos Açores há 12 anos, ainda não tenha assistido, por exemplo, aqui em S. Miguel a nenhum espectáculo do Alpendre.
2º - Barata, a ideia de avançar com a região Açores para capital da cultura, e não de uma qualquer cidade açoreana, surgiu quando tive conhecimento da excepção criada para Faro. Quem se candidatou a capital nacional da cultura para 2005, foi a região Algarve e não a cidade de Faro.
Foi aí que se deu o click. Se foi aberta uma excepção para a região Algarve, porque não para a região Açores?
Mais, uma das vantagens de uma capital da cultura é a construção ou recuperação de equipamentos culturais. Se Ponta Delgada, Angra e Horta, já dispõem de espaços com algum potencial, em Santa Maria, por exemplo, não existe um auditório, capaz de receber com qualidade um qualquer evento cultural.
Mais ainda, sabes bem, que o problema da biblioteca não é de falta de propostas nem de ideias, é sim, a eterna pedra na engrenagem que não admite que outros possam idealizar e executar, projectos que deveriam ser pensados por eles.
Na minha terra, diz-se uma frase, muito à moda do Porto, para caracterizar estas situações, (........... ...)
Quanto à afirmação " nem arte contemporânea temos" deixo para outras núpcias, mas posso questionar desde já o que andarão a fazer os cerca de 30 criadores que estiveram na exposição "Evocações da Paisagem" e outros, arquitectos, escultores, designers, que lá não estiveram?????
A região do Algarve não é nem por um segundo comparável com a Região Açores . Numa e vinte euros vais e vens do sotavento ao barlavento. De Santa Marioa às Flores gastas cerca de 4 horas e 200 euros mais uma dormida e duas refeições fora (minimo). Eu sou contra tudo o que se possa fazer nos Açores dispersando as iniciativas. Descentralizar sim mas sem dispersar. Isto é, podem fazer-se grande eventos em todas as Ilhas mas nunca um mega evento que abranja mais do que uma, é um logro e um desperdicio de recursos absolutamente desnecessário. Tudo sabes como é com o Festival Musica Atlântico. Não preciso dizer nmais nada.
Quianto ao resto estamos de acordo, aliás sempre estivemos.
Nota final: Eu estou farto de ouvir dizer que são necessários mais meios e mais condições mas sempre que estes melhoram a prodiução continua a mesma. O que falta são agentes culturais e mecenas. Mai nada.
Barata man, 2 notas á tua nota final:
1- Os Açores ainda não controlam o regime fiscal do mecenato
2- Quem continua a controlar todos os meios e a disponibilizar as condições culturais? As entidades públicas...
Bom, agora diz-me lá um ideia para 1 programa eheh ;)
Abraço
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