quinta-feira, julho 14

CHÁ DAS CINCO #50


Say it with flowers, Banksy

“…tanto a história colectiva como a História individual de um ser humano caminhavam para o equilíbrio entre o sofrer e o fazer sofrer. O mundo era o conflito entre uma carga positiva e uma carga negativa e esse mundo terminaria quando, quer a nível geral, universal, gigantesco, quer a nível individual e microscópico, se atingisse o zero, a anulação das duas cargas fortes e opostas. Este seria o momento do fim do mundo e do fim de cada coisa.
Aplicado individualmente, este raciocínio permitia que ‘um ser humano conseguisse perceber qual o dia da sua morte’, pois esse dia, ‘qualquer que ele seja, demore muito ou pouco, será o dia em que individualmente o corpo atinge o zero, anuladas as cargas positivas e negativas recebidas e enviadas para o mundo’…”

Gonçalo M. Tavares, Jerusalém. Ed. Caminho, 2005.

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