«(...) Frente ao Governo Civil, onde se concentrava a multidão, surgiu a Bandeira dos Açores. Comoção e lágrimas em muitos rostos. Um velho, de mãos calosas, rosto queimado pelo sol e povoado de rugas, olhos marejados de lágrimas, ergueu os braços e gritou bem alto: "Agora, sim, sinto-me açoriano e livre". Estas palavras reflectem bem o sentir de todo um Povo, ressentido e ludibriado por uma minoria activa que era detentora do poder, que não lhe tinha sido outorgado por ele próprio, POVO (...).»
6 de Junho de 1975, 30 anos depois aqui (Da Autonomia, um novo espaço de partilha)
6 de Junho de 1975, 30 anos depois aqui (Da Autonomia, um novo espaço de partilha)
8 comentários:
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Surpreso com este post não posso deixar de o saudar e desejar longa vida ao novo blog da Autonomia. Parabéns meu Caro Guilherme Marinho
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Caríssimo João Nuno,
Surpreso porquê? Se há assunto que me interessa é este, mais do que os outros todos...
Conto com os teus contributos
Abraço
:) :) :)
Até agora, foi o único blog onde vi referência a isto. HIP HIP! :)
O cenário descrito pelos olhos do jornalista tem todos os ingredientes de grande epopeia. Sobretudo, o velho,"povoado", "marejado" e de "mãos calosas".Acho este pormenor das mãos calosas, especialmente significativo. Até porque esqueceu a Camões no Velho de Restelo.Só tenho uma dúvida. Esse POVO, ressentido e ludibriado por uma minoria detentora do poder, referia-se a que minoria que detinha o poder "não outorgado pelo POVO"? À minoria com 100, 200, 300 e mais anos, ou à que detinha o poder, transitoriamente, há um curto ano? A história tem algumas exigências que a epopeia se pode dar ao luxo de dispensar.
Quanto ao novo espaço "Da Autonomia", já olhei e vou voltar para contribuir.
Parabéns, Guilherme, pela ideia e pela sua concretização.
DSousa permita-me que lhe pergunte se o que infere é que, para um Povo “ressentido e ludibriado por uma minoria activa que era detentora do poder” havia “100, 200, 300 e mais anos”, ser ludibriado por uma minoria “que detinha o poder, transitoriamente, há um curto ano” deveria ser um facto aceite e ignorado, mesmo por um apaixonado e “poeta” jornalista.
Para além disso, não fique chocado pelo facto de não ser monopólio de uma esquerda revolucionária reconhecer, apesar de Camões, umas “mãos calosas” de um homem que grita.
Guilherme
A minha admiração pelas tuas iniciativas aumente de palavra em palavra.
Um abraço,
TóZé
Dr. Dionísio se «A história tem algumas exigências que a epopeia se pode dar ao luxo de dispensar.» fundamental é que quem tomou parte da História a escreva, senão restarão os jornais...e isso bem sabemos que é demasiado arriscado, certo? (não dispenso os seus preciosos contributos)
António José,
guarda a admiração para quem a merece e acompanha-me nesta caminhada porque isto não é de, nem para, um homem só!
Abraço
Very nice site!
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Keep up the good work »
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