terça-feira, setembro 28
Antero de Quental (1842-1891)
HINO À RAZÃO
Razão, irmã do Amor e da Justiça,
Mais uma vez escuta a minha prece,
É a voz dum coração que te apetece,
Duma alma livre, só a ti submissa.
Por ti é que a poeira movediça
De astros e sóis e mundos permanece;
E é por ti que a virtude prevalece
E a flor do heroísmo medra e viça.
Por ti, na arena trágica, as nações
Buscam a liberdade, entre clarões:
E os que olham o futuro e cismam, mudos,
Por ti, podem sofrer e não se abatem,
Mãe de filhos robustos, que combatem
Tendo o seu nome escrito em seus escudos!
in Antologia Poética de Antero de Quental,
Selecção e notas de Ruy Galvão de Carvalho
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3 comentários:
Muitos parabéns pelo blog, que está original e promete.
Obg André, a porta está sempre aberta!
A razão escasseia em cada vez mais homens e mulher deste mundo. E, com certeza, nunca é de mais lembrar que é a razão que nos distigue dos outros animais. JOEANOLINO
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