segunda-feira, outubro 20

CHÁ QUENTE #397 (Act.)

Do dia seguinte. Numerologias e macaquinhos no sótão. Um olhar sobre os resultados. Questões prévias:

Mais do que um novo governo uma nova oposição. A abstenção de 53,24%
Pela primeira vez na história das eleições regionais a abstenção ultrapassou 50% dos incritos. Relativamente a 2004 houve menos 15mil votantes (105.567 contra 90.221) e mesmo se considerarmos que, em 2004, houve um situação especial com um acesso às urnas por causa do efeito da coligação PSD/A+CDS/PP/A, sempre se pode verificar que, relativamente, a 2000 há uma descida de 9 mil votos (99.527 contra 90.221). Assim algo aconteceu.
A não transferência clara de votos do PS/A para a oposição.
Se olharmos os resultados, verificamos que a descida na votação do PS/A em todas as ilhas é praticamente idêntica ao número do aumento dos abstencionistas (15.063 no primeiro caso e 15.346 no segundo).
Poder-se-á dizer que isso não é tão linear porque pode ter havido um cruzamento de votos para os restantes partidos e uma taxa de abstenção nos eleitores do PSD/A. Também pode ser verdadeiro, mas não em percentagens assinaláveis. Por exemplo, vejamos que nestas eleições a soma dos votos de PSD/A e de CDS/PP/A (35.162) é menor em 3.720 votos que o resultado da coligação dos dois partidos em 2004 (38.882).
São precisamente parte desses 3720 votos que podem justificar o diferencial de subida dos partidos como o BE/A (2.976), o MPT/A (684), o PDA/A (619) e o PPM/A (424), em relação a 2004. Partidos que, se sublinha, foram os únicos a subir a respectiva votação. Assim, se somarmos os resultados daquelas 4 forças em 2008 (2.791) e compararmos com a soma dos resultados de 2004 (1.912), verifica-se que a diferença é de +2.791 votos. A este número junta-se o do aumento dos votos em branco de 881 em 2004 para 1.695 (+814).
Posso estar errado, mas o povo açoriano apenas parece querer uma nova oposição. Culpa da falta de Oxigénio. Só pode! Vamos à política.

Nem tudo são rosas?
Carlos César é o vencedor da noite. Foi o PS/A quem teve o maior de número de votos e de mandatos, alcançando a 3.ª maioria absoluta consecutiva e a possibuilidade de formar o seu 4.º governo regional. O PS/A ganhou, em todas as ilhas, pela primeira vez, em 32 anos de autonomia, e, localmente, apenas perdeu no concelho das Lajes das Flores. Esmagador?
No PS/A nunca houve um resultado assim, mas Carlos César precisa meditar na causa e nas responsabilidades para 15.000 dos seus votantes terem ficado em casa. Carlos César precisa olhar para real o impacto que a abstenção teve nas quedas percentuais sofridas no Corvo (-18%) Santa Maria(-17%), Flores (-15%) e Terceira (-12%).
É expectável, com uma disposição parlamentar de 30 contra 27 da oposição, em que se encontram os campeões do bota-abaixo do BE/A, do PCP/A e do PPM/A, que a liderança da Assembleia e a direcção da bancada parlamentar do PS/A mereçam um redobrado olhar de cuidado. Ou o PS/A pode anunciar novas ambições e nada mudar, ou mudar para que tudo fique na mesma? Desta vez foram 15mil que ficaram em casa. Imaginem se daqui a 4 anos sairem de casa para votar noutro partido...
Foi José Contente quem liderou a campanha do PS/A, em Ponta Delgada, enquanto Carlos César fazia campanha nas outras ilhas. Os 20% de diferença em relação a Berta Cabral, podem mostrar que PS/A parece ter, finalmente, ganho uma candidatura credível à Câmara de Ponta Delgada.
Pior era impossível. O PSD/A, de derrota em derrota até ao juízo final?
Pouco mais haverá a dizer sobre o descalabro eleitoral do PSD/A. Não só sai derrotado em todas as ilhas, como sofre humilhantes derrotas no Corvo, nas Velas de São Jorge, em São Roque do Pico (com Duarte Freitas à cabeça), em Angra do Heroísmo e em quase todos os concelhos de São Miguel, em especial para Ponta Delgada (com Berta Cabral à cabeça).
Com a demissão de Costa Neves (prometendo ir fazer greve de zelo no parlamento), o que esperar de um PSD/A com três actos eleitorais em 2009? Que Berta cabral volte atrás e se afirme como candidata à liderança do partido desgastando-se entre a oposição e a câmara até 2012 mas podendo evitar a perda da maioria das autarquias para o PS/A? O avanço de figuras menores, e já com muitas derrotas, como Duarte Freitas ou José Manuel Boleiro, para líderes de transição até 2010, com o perigo de erodir ainda mais a base eleitoral do PSD/A, até ao regresso de Vitor Cruz? Certezas: não se espera PSD/A no parlamento nos próximos 2 anos.
Valeu tudo, mesmo assim, parabéns a "Artur Paulo Lima Portas".
Eis senão quando, o CDS/PP/A garante pela primeira vez 5 deputados, curiosamente 4 deles sem precisar de círculo de compensação, reavivando bases eleitorais em São Jorge e nas Flores e não deixando cair a representação de São Miguel (apesar de ter perdido 2mil votos em relação a 2000). É sinal de trabalho e a retribuição para a mais eficaz mensagem que foi sendo mobilizada nos últimos 4anos. Goste-se ou não de "Artur Paulo Lima Portas", a verdade é que em 4 anos de "oposição trabalhadora" a ideia vingou junto das pessoas que queriam uma oposição que trabalhasse. Foi um político audaz e a sorte protegeu-o, pois os seus resultados também são devidos à abstenção. Lembro que o CDS/PP/A teve 7.853 votos mas desceu em relação a 2000 (9.515) e a 1996 (8.307). Num cenário de bipolarização o CDS/PP/A dificilmente segurará tantos mandatos. Para isso terá de trabalhar muito no terreno nos próximos 4 anos, a questão que fica é se manterá o registo contra o PSD/A ou se virará contra o PS/A acabando com as parcerias construtivas? Renato Moura e Nuno Barata aguentarão + 4 anos de exílio?

À terceira foi de vez.
E com +1957 votos do que em 2004 (1019) se faz um grupo parlamentar com 2 deputados e, certamente, + 2 adjuntos. 2976 votos podem parecer pouco, mas para quem não tem um programa eleitoral bem definido...Do BE/A não se espera muito mais que ruído, mas gostei de José Cascalho nas autárquicas de 2005 para a Câmara de Angra, pode ser que não replique o BE nacional. Surpreendam-me!
CDU, quando a hemorragia continua.
Aníbal Pires não quer crer mas os resultados são-lhe adversos. Apesar da representação parlamentar (1 mandato graças ao círculo de compensação que não trouxe mais do que DecMota conseguiria em 2004 se a lei eleitoral já vigorasse) a CDU/A desce nos resultados, não conseguindo estancar o eleitorado tradicional do Faial e das Flores. 2.831 votos são francamente poucos para quem mobilizou à sua volta todos os sindicalistas militantes da Região. Para piorar o cenário o BE/A tornou-se a 4.ª força partidária na Região. Para a CDU/A o futuro não vai com pensos rápidos.
Antes só que mal acompanhado.
O eleitorado do Corvo credibilizou Paulo Estevão quando poucos mais na Região o fizeram (última força partidária com 424 votos, só + 150 votos do que em 2004). Faça-o por merecer. Do mal o menos, teremos finalmente uma delegação da ALRAA no Corvo, e ainda bem!
Político por 30 dias.
Manuel Moniz, com 684 votos, subiu 230 em relação a 2004. Hoje, anunciou a suspensão das suas funções políticas, e ainda bem. Daqui a 4 anos o MPT/A poderá chegar ao parlamento com 800 votos rezando para que a abstenção já esteja nos 60%. É tudo uma questão de fé...
Descompensados.
António Ventura com 619 votos subiu 350 em relação a 2004. Para este PDA não há compensação possível. Espera-se o Fim, ou o princípio de algo realmente novo na política açoriana. Paulo Gusmão e Nuno Barata poderão ter uma palavra a dizer. Há entre 15 a 20mil votantes por convencer. Muito dependerá da evolução da liderança no PSD/A.

Nota Final 1. Se não houvessem substituições e a tomada de posse fosse hoje teríamos 9 mulheres no parlamento (6 PS, 2 PSD e 1 BE), num total de 57 mandatos. É triste! Também não querem olhar para a taxa de abstenção feminina?
Nota Final 2. Ainda alguém tem dúvidas sobre a isenção e democraticidade do círculo regional de compensação? Há muita falta de memória...
Nota final 3. Hoje começa o ano da dança das cadeiras. Vai ser um tal dançar até Novembro de 2009 querem apostar?
***
[Adenda, 21.10.08]

Nota Final 4. Ninguém reparou que dois dos melhores resultados da noite eleitoral foram protagonizados por independentes? O deputado do CDS/PP nas Flores e a Deputada do PSD/A em Santa Maria.
Nota Final 5. Ninguém considera os resultados eleitorais uma derrota do discurso bairrista militante no PSD/A da Terceira e do Faial?
Nota Final 6. Ninguém considera que o estes resultados revelam que a oposição não se faz em artigos de jornais mas na rua e na Assembleia Legislativa?

10 comentários:

Anónimo disse...

Vou ler com atenção
JNAS

Anónimo disse...

...
Já li e reli com atenção. Excelente análise bem acima do nível dos "politólogos" do costume. Era desta cêpa que deveria ser feita a comunicação social na região.
JNAS

Anónimo disse...

Muito bem estruturado e analisado. Dúvidas extremamente pertinentes. Merecias tempo de antena audiovisual Guilherme. Espero que haja essa sensatez no futuro por parte de quem analisa o que de bom se faz na blogosfera. Mas sem ter que ver com a criação de qualquer "Entidade Reguladora da Blogosfera". Já chega a ERC e os iluminados do costume...

Abraço,

Rui

Anónimo disse...

Guilherme,

Vou ter de ser eu a "resfriar" um pouco os elogios à sua análise.

Há um "pequeno" erro que comete mas que poderá ter impactos bem grandes nas conclusões: está a confundir "correlação" com "causalidade". Uma análise correlacional está para a matemática como um raciocínio silogístico está para a filosofia, no sentido de ambos caírem facilmente em conclusões erradas se não se tiver as devidas precauções. Vou dar apenas um de vários exemplos possíveis em que há uma confusão entre correlação e causalidade, o que compromete a conclusão. Não quer dizer que a conclusão seja errada: simplesmente quer dizer que a conclusão não está fundamentada como julga que está.

Tendo em conta que está a analisar números absolutos de votos, esqueceu-se de mencionar alguns aspectos que são importantes ter em conta. Esqueceu-se de mencionar por exemplo que apesar de existirem 193 mil inscritos, a população dos Açores em 2007 acima dos 18 anos é de cerca de 186 mil (há, no mínimo 7 mil eleitores "fantasmas"). Em 2004, a população nos Açores era de cerca de 181 mil o que dava na época 8 mil "eleitores fantasmas" no mínimo. Ou seja, deverá ter existido cerca de 5 mil novos eleitores que se apresentaram nestas eleições.

Enquanto os "eleitores fantasmas" baralham o nível de abstenção, os "novos eleitores" baralham as conclusões fáceis de transferências de votos de um partido para o outro. Nada garante que a tendência de voto entre os "novos" seja homogénea com a tendência de voto dos "velhos" eleitores.

Agora uma suposição minha, completamente empírica. Tenho a percepção que a percentagem de votantes no BE nas camadas mais jovens é mais elevada do que nas camadas mais velhas. Por exemplo, acho plausível que os 3% de votação poderá ter sido composta por 5% nos mais jovens, reduzida por 2% nos mais velhos.

Basta ter em conta estes três factores (número de "eleitores fantasmas" diferentes nos dois períodos, populações diferentes e tendências de votos distintas nos novos 5 mil que entram em cena), para que as suas correlações percam alguma sustentabilidade.

Os cerca de mais 3000 votos de aumento no BE, por exemplo, pode até estar "correlacionado" com os votos a menos da quebra da coligação (a única coisa que observamos, é que os números são similares - mas também é similar o preço da cotação da Euribor a 6 meses de hoje com o número de deputados eleitos pelo PP, ou seja, cinco em ambos os casos); agora daí a inferir que isso poderá ser a "causa", parece-me especulativo.

Não quero menorizar a análise mais "política", pois parece-me bem interessante. Mas a fundamentação que arranja com base nos números parece-me mais especulativa do que fundamentada.

M.C disse...

http://da.online.pt/news.php?id=157427

Anónimo disse...

Caro m.c.,

Esta notícia é mais uma achega ao meu comentário anterior. A juntar àquilo que chamei "eleitores fantasmas", há ainda o facto de nas camadas mais jovens, aparentemente haver um elevado número de não recenseados. O que baralha ainda mais as contas que se possam fazer.

Esta análise peca apenas por se basear em números com pouquíssima fiabilidade. Apesar de eu achar as conclusões interessantes, não creio que muitas das conclusões sejam sustentadas pelos números. O que o Guilherme se esqueceu, é que está a falar de números com pouca fiabilidade. É claro que a culpa da pouca fiabilidade deve-se à fraca qualidade dos cadernos eleitorais. Para além disso, toma algumas vezes uma correlação por uma causa, o que também não é correcto.

As conclusões baseadas em números de fraca qualidade pode ser ilustrada pela seguinte história:

"Um cow-boy, a quem é pedido para fazer uma estimativa do número de índios que se dirigiam para o acampamento, volta esbaforido dizendo que são 1001. Quando lhe perguntam como é que ele sabia que eram 1001, ele prontamente responde que vinha um à frente e cerca de 1000 atrás...

gm disse...

Caro Açoriano,

Não havendo estudos científcios sobre a abstenção (o artigo do D.A. é mais um alerta do que uma achega) qualquer tentativa de explicação dos resultados eleitorais está inquinada à partida.
Por isso, sempre fui dizendo que o que estava a escrever teria outras variantes. O que tentei explicar é que com estes números será difícil demontrar uma clara transferência de votos do ps/a para os restantes partidos.
A propósito o BE apenas teve +2000 votos do que em 2004.
Além, disso tal como os meus números não são verdades fechadas, também o seu raciocínio sobre os 5mil novos eleitores parece esquecer uma (presumidamente alta) taxa de não recenseados que atinge a população entre os 18 e os 25.
De qualquer modo sempre podemos considerar que os novos 4 mil eleitores inscritos (em relação a 2004) podem ter sido votantes nas pequenas forças partidárias, o que poderia indicar que 3000 eleitores da coligação ficaram em casa. Nada disto é seguro e só um estudo ilha a ilha seria válido.
Certo certo é que esta matéria daria um belo trabalho da UAçores pago pela Assembleia Legislativa.

Obrigado pelo seu contributo cumprimentos aos restantes.

PS- Rui o meu negócio é letras. Abraço

Anónimo disse...

Guilherme,

Quanto à votação do BE, tem razão. Confundi os cerca de 3000 votos de agora com o acréscimo de cerca de 2000 relativamente a 2004.

Eu não fiz nenhum "raciocínio numérico" sobre os novos 5 mil eleitores. Apenas referi que era um factor a ter em conta e que vem tornar mais complexa a análise. A suposição que fiz para o BE foi apenas demonstrativa (e empírica, claro). Talvez não soubesse explicar muito bem o que pretendia, mas vou tentar de outra forma.

Há uma porção de eleitores que votaram em 2004 e votaram em 2008 também. Se focarmos apenas estes, qualquer diferença nas votações é um indicador das mudanças de opinião ao longo destes 4 anos. Digo indicador, porque há sempre "votos aleatórios", nulos e brancos. Mas, sem perca de generalidade, vamos por agora esquecer estes aleatórios, nulos e brancos. Este grupo tem portanto uma certa distribuição em 2008 que pode ser comparada com a de 2004.

Agora juntemos os novos eleitores. Se este grupo que entra tivesse exactamente as mesmas características que os que já estavam, era verosímil admitir que teriam a mesma distribuição e portanto, a análise comparativa continuaria válida.

O problema, é que os novos que entram, têm características diferentes dos que já existiam: pelo menos, têm a "idade" como factor diferente. Acho (mera suposição minha, mas que me parece bem plausível) que a distribuição de votos neste grupo dos novos é diferente da distribuição dos que já existiam(*). Juntar os dois grupos faz com que a comparação desta "distribuição mista" resultante com a que existia em 2004 deixe de ser válida para o tipo de análise que está a fazer. Agora, as diferenças encontradas terão de ser decompostas em "diferenças devido à mudança de opinião" e "diferenças devido à diferença de características entre o grupo novo e o grupo que já existia".

Só expurgando o segundo factor é que permitiria uma análise comparativa que corroborasse as suposições que faz.

Concordo consigo sobre o interesse que um estudo mais técnico teria. Mas dada a sensibilidade do tema, acho que a credibilidade científica seria sempre posta em cheque. Argumentos como o background político e ideológico dos membros da equipa que fizesse o estudo teriam uma importância muito supeior a qualquer argumento matemático. :)

(*) Nomeadamente, o BE. Tenho a percepção que é um partido muito na moda para a malta jovem. Na malta mais velha, daquela que tem a sua tradição de voto e é de uma época em que o BE nem sequer existia, não há tanta aderência.

Anónimo disse...

Ooopss...

Esqueci-me de um factor talvez muito mais importante do que os novos eleitores.

Quando mencionei o grupo que votou em 2004 e 2008, estou a referir-me aos eleitores que foram efectivamente às duas votações.

Se isolarmos quem era vivo, residente e presente nos Açores em 2004 e 2008, é possível classificar essa gente em 4 grupos distintos: os que votaram nos dois períodos (os tais que referi), os que se abstiveram nos dois períodos, os que votaram em 2004 e não votaram em 2008 e os que votaram em 2008 mas abstiveram-se em 2004.

Estes dois últimos grupos poderão ter uma dimensão relevante (provavelmente maior que os tais novos eleitores que apareceram em 2008).

As razões que levaram certos eleitores a absterem-se em 2004 e não em 2008, por exemplo, poderá confundir qualquer comparação que se queira fazer, mesmo expurgando-se o efeito de uma distribuição de voto diferente por parte dos novos eleitores. O mesmo se aplica para aqueles que se abstiveram agora e não se abstiveram em 2004.

E houve o efeito "coligação" em 2004, certamente influente.

Conclusão: A comparação dos resultados de agora com os de 2004, se não for expurgada de todos estes factores que apontei (e outros que me tenha esquecido), é incorrecta. O que se está a analisar não é a "mudança de votos" que se pretende, mas sim a "mudança de votos poluída com uma série de outros factores". A minha intuição diz-me que esta "poluição" tem um peso muito grande, quando comparada com a mudança de votos que se pretende analisar. Çogo, estamos a analisar "ruído" e não o que se pretende.

Foi por isso que comentei.

Anónimo disse...

boa análise excepto para a câmara de ponta delgada pois em 2009 vai ser para "imolação" para qq um a menos que seja um novo queira continuar a correr para la (para a autarquia) como o Vasco Cordeiro ou a Ana Paula Marques...quanto à abstenção foram os eleitores do ps q n votaram porque a sondagem da sexta e a "socretagem" continental os desmotivou...