Felipe González: "Se o BCE fizesse apenas uma terça parte do esforço de compra de dívida pública que fez a Reserva Federal norte-americana para quase o dobro dos cidadãos e mais do dobro do Produto Interno Bruto, a especulação acaba." Na Europa, a lucidez só chega com a idade?
terça-feira, novembro 30
sexta-feira, novembro 26
CHÁ QUENTE #423
Por dever de ofício tenho acompanhado os debates de Plano e Orçamento nos últimos 10 anos. Ano após ano, assisto a repetidas humilhações políticas infligidas ao PSD/A seja pela maior preparação técnica e política do Governo, seja pelas proposituras dos restantes partidos da oposição, mas, sobretudo, pela enorme desorientação, inépcia ou inaptidão política que as várias formações e lideranças parlamentares, do maior partido da oposição, vão revelando.
A meu ver, uma das causas desse desnorte poderá ser que em, pelo menos, 6 dos 11 debates de Plano o/a líder do maior partido da oposição esteve ausente, deixando num choro de orfandade os respectivos correligionários. Ora, se com Costa Neves esse facto era incontornável, uma vez que não tinha sido eleito para o parlamento regional, já com Berta Cabral tal não se verifica.
Na verdade, a ausência da líder do maior partido da oposição, dos 3 debates de plano e orçamento que decorreram no seu consulado, e por isso do debate estratégico das políticas de desenvolvimento regional, é uma opção pessoal e política da Dr.ª Berta Cabral, e, salvo melhor opinião, é uma opção que se revela, profundamente, lesiva das capacidades políticas do seu partido e, obviamente, do desejável confronto democrático de alternativas que merecem os açorianos e a casa mãe da democracia açoriana.
Como consequência, têm os açorianos um absoluta dessintonia dos discursos políticos vigentes. Um partido que procura na acção local um discurso regional, e outro partido com acção regional mas em combate local.
Acresce a isso que a dimensão regional da líder do PSD/A continua longe de se ver cumprida, realidade para que muito a própria tem contribuído. Aliás, não estarei longe da verdade se afirmar que, nos últimos 12 meses, Berta Cabral terá viajado mais vezes no exterior da Região do que nestas nossas 9 ilhas.
Assim, continuamente entrincheirada em Ponta Delgada, têm o tempo, o modo e o conteúdo revelado da líder do PSD/A uma inconsistente alternativa e, se me é permitido, uma confrangedora fragilidade política, baseada na estratégia furtiva do «toca e foge», de quem não permite, nem assume, qualquer confronto directo.
Ora, sem ser preciso recuar à derrota estrondosa nas autárquicas de 2009, os resultados dessa «não estratégia», só para os mais «convictos», não serão diariamente visíveis. Assim, apenas com os registos das últimas semanas, vislumbramos a Dr.ª Berta Cabral exposta na irresponsabilidade das respectivas contas camarárias ou remetida, para os cadernos da irrelevância política, pela «sociedade civil», nas pessoas dos líderes regionais dos médicos e dos agricultores que, aproveitando a visita da líder do maior partido da oposição, fizeram apelos directos ao ... Presidente do Governo.
Talvez por tudo isto, muitos «companheiros» já falam abertamente do dia seguinte, com Duarte Freitas ou Maria do Céu Patrão Neves. Contudo, para o comum dos cidadãos a pergunta que fica só pode ser uma: Foi para isto que sacrificaram Victor Cruz?
A meu ver, uma das causas desse desnorte poderá ser que em, pelo menos, 6 dos 11 debates de Plano o/a líder do maior partido da oposição esteve ausente, deixando num choro de orfandade os respectivos correligionários. Ora, se com Costa Neves esse facto era incontornável, uma vez que não tinha sido eleito para o parlamento regional, já com Berta Cabral tal não se verifica.
Na verdade, a ausência da líder do maior partido da oposição, dos 3 debates de plano e orçamento que decorreram no seu consulado, e por isso do debate estratégico das políticas de desenvolvimento regional, é uma opção pessoal e política da Dr.ª Berta Cabral, e, salvo melhor opinião, é uma opção que se revela, profundamente, lesiva das capacidades políticas do seu partido e, obviamente, do desejável confronto democrático de alternativas que merecem os açorianos e a casa mãe da democracia açoriana.
Como consequência, têm os açorianos um absoluta dessintonia dos discursos políticos vigentes. Um partido que procura na acção local um discurso regional, e outro partido com acção regional mas em combate local.
Acresce a isso que a dimensão regional da líder do PSD/A continua longe de se ver cumprida, realidade para que muito a própria tem contribuído. Aliás, não estarei longe da verdade se afirmar que, nos últimos 12 meses, Berta Cabral terá viajado mais vezes no exterior da Região do que nestas nossas 9 ilhas.
Assim, continuamente entrincheirada em Ponta Delgada, têm o tempo, o modo e o conteúdo revelado da líder do PSD/A uma inconsistente alternativa e, se me é permitido, uma confrangedora fragilidade política, baseada na estratégia furtiva do «toca e foge», de quem não permite, nem assume, qualquer confronto directo.
Ora, sem ser preciso recuar à derrota estrondosa nas autárquicas de 2009, os resultados dessa «não estratégia», só para os mais «convictos», não serão diariamente visíveis. Assim, apenas com os registos das últimas semanas, vislumbramos a Dr.ª Berta Cabral exposta na irresponsabilidade das respectivas contas camarárias ou remetida, para os cadernos da irrelevância política, pela «sociedade civil», nas pessoas dos líderes regionais dos médicos e dos agricultores que, aproveitando a visita da líder do maior partido da oposição, fizeram apelos directos ao ... Presidente do Governo.
Talvez por tudo isto, muitos «companheiros» já falam abertamente do dia seguinte, com Duarte Freitas ou Maria do Céu Patrão Neves. Contudo, para o comum dos cidadãos a pergunta que fica só pode ser uma: Foi para isto que sacrificaram Victor Cruz?
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