A ruína da Autonomia é ter o Governo em São Miguel: a afirmação é do socialista Cunha de Oliveira para quem esta situação foi prevista já nos primórdios da Autonomia, sendo nela que reside a justificação das assimetrias crónicas entre as nove ilhas açorianas. Sustenta que o Governo Regional, colocado na maior ilha açoriana, não tem uma visão arquipelágica essencial para o desenvolvimento homogéneo da Região Autónoma, faltando-lhe, ainda, perceber que há terra para além da ilha de São Miguel. (O Estado de Alma da Ilha Terceira! No DI de hoje e na RDP/A Domingo às 12h)
Sinais de fogo, será este o verdadeiro estado de alma da Ilha Terceira? E das outras ilhas? Mais uma vez o problema está na Ilha grande, não está na própria Ilha Terceira nem na inacção da sua sociedade. A questão que fica é se esta cíclica fuga em frente de algumas personalidades terceirenses, que vivem numa angústia entre o desenvolvimento micaelense e o potencial do Triângulo, somada a outros momentos de irresponsabilidade colectiva, e a uma frágil tese de «desenvolvimento harmónico», não vai mostrando uma «realidade assassina», ou seja, que, afinal, um edifício de 30 anos chamado «coesão regional» não existe?
13 comentários:
Querer ter uma visão de conjunto, de desenvolvimento coeso de todas as ilhas, não é, como já o referi noutro blog, simples demagogia, é utopia e, diria mesmo, míopia.
No entanto, existe uma tendência, persistente por sinal, para agrupar o que não é agrupável, e pior do que isso é proceder a análises e extrapolações sobre esse conjunto tão heterogéneo e desajustado entre si. É o mesmo que querer comparar a EDA com a SATA e com a Lotaçor, não deixam de ser empresas detidas/participadas pelo GV....
Mais do que bairrismos, estamos a falar de complexos e de senelidade.
Acho que isso merece post no Foguetabraze.
Será bairrismo, ou será antes a demonstração clara de uma tendência centralizadora (embora se possa discutir se justificável ou não)? A questão de fundo, parece-me, é perceber a génese do actual modelo autonómico e, sem complexos, analisar se existiam outras alternativas. Como dizia Churchill: "A Democracia é o melhor sistema político que conheço, até que se invente um melhor!".
Fica o convite do República das Faias para que se debata esta questão. ;)
Lembrei-me de repente que este mesmo sr. (ao que parece é da minha terra, que se há-de fazer)defendia que nas ilhas mais pequenas deveria existir um único funcionário nos aeródromos, que fizesse o chek-in, servisse de bagageiro, pusesse os calços nos aviões, etc, etc, semelhante ao que tinha observado numa terreola qualquer belga ou francesa (salvo erro). Lá que era homogéneo era, ninguém o pode negar. eheheh. Chama-lhe senil, chama, já ouvi chamar muitos nomes à coisa, senilidade é que não.
Raios parta o Padre! Cambada de invejosos. Trabalhem mais.
A coesão regional existe quando alguém de fora dos Açores a ameaça... A coesão regional entre as nove ilhas não existe.
Conhece muitos açorianos com visão arquipelágica? Que saibam o que é (= que compreendam) o modus vivendi e os prazeres e difculdades de várias ilhas e não só da sua?
A grande maioria olha para o seu umbiguinho.
Ainda não eram oito da manhã quando, ao deslocar-me para o trabalho, ouvi na rádio essas incríveis declarações de Cunha de Oliveira! Definitivamente, está gágá!
O Dr. Cunha de Oliveira talvez fizesse melhor em convocar uma IV Semana de Estudos dos Açores. Diabolizar os factos é bem próprio de um ex-Cónego e só serve de consolo a um reduzido número de paroquianos.
A Caiê está cheia de razão na observação que faz. Só há unidade açoriana quando o inimigo vem de fora. O problema "desta" Autonomia é que repousa nos mesmos pressupostos da de 1895. Ora, houve outras autonomias (e até autarcias) nos Açores antes de 1895... o problema é que pouco se fala delas. Estender o "cobertor" da Autonomia sobre a matriz Distrital herdada do Liberalismo foi (e é) um expediente político preso por Ray Bans e gravatas escuras.
Só mais uma nota final. Ilha grande por ilha grande, espanta-me que em todo este debate se esqueça, precisamente, a maior de todas elas ... e que se situa no continente americano.
...e a Terceira tem alguma visão em particular!? Não fosse a Praia da Vitória passar a rosa não haveriam "entendimentos" agora e é especial na cultura - veja-se o caso do festival de teatro. É simplesmente tudo demasiado absurdo para ser real.
Embora não tenha nada a ver com o tema em debate. Encontrei isto e pensei que te poderia interessar.
http://www.chathamhouse.org.uk/pdf/int_affairs/inta_512.pdf
Embora não tenha nada a ver com o tema em debate, cá vai isto. (ficou atrás)
Boa zeke, diz.me se conheces isto e se vale a pena:
http://www.oup.co.uk/isbn/0-19-289278-9
Estive fora durante muito tempo.
Mas aqui vai uma posição redical:
1- Acabe-se com o Governo Regional
2- Diminua-se o nº de Autarquias a:
S. Miguel - 4 (Ponta Delgada; Ribeira Grande; Vila Franca; Povoação)
Terceira - 2 (Infelizmente as que estão)
Faial - 1
Pico - 2 ( Madalena; S. Roque)
S. Jorge- 2
Graciosa - 1
Flores - 1
Corvo- 1
3- Diminua-se o nº de freguesias tendo como um numero minimo de habitantes - 1500
4- Elega-se os Deputados por Freguesias para a ALR
5- Os programas de Desenvolvimento passam para a responsabilidade das Autarquias após apresentação na ALR e sua Aprovação
6- A ALR funciona como Fiscal dos programas e propõe ou aprova legislação emanada das Autarquias
Assim cada uma das ilhas ( ou melhor autarquia)tem os seus legitimos representantes, e verbas, em conformidade com os seus habitantes e já ninguem culpa outrem por falta de denvolvimento harmónico.
Seria lindo. Seria. Acabam-se rapidamente as festarolas e mais não digo. eheheheheheheheheh.....
Excellent, love it! attorneys tires at sears John elway and divorce 2003 Finger spring washers Free island kitchen plans crane tires condo alarm system in miami florida land rover freelander hse seat cover Fort myers fly fishing tire size for range rover candle display shelves
Enviar um comentário