sexta-feira, novembro 16

CHÁ DAS CINCO #219

Lembro-me perfeitamente do modo como o meu Avô Tavares me ensinava o valor das palavras e a responsabilidade que trazem a quem as diz. Para dar uma ideia do que isso representa esclareço que o meu Avô materno era o "Avô Tavares" e o paterno o "Avô Alexandre". Ando desde ontem com estas memórias depois de ter lido ao líder da oposição regional, na sua coluna semanal no A.O., a seguinte frase: "quando a voracidade do polvo parece insaciável, o que fazer?! mete-se uma moreia, de bom tamanho, no aquário e, se necessário, também um cavaco". O que leva um auto-proclamado candidato a líder do Governo preferir o uso de uma metáfora menor a um discurso clarificador das suas pretensões? Das duas uma, ou é coisa de quem não tem o que dizer ou coisa de quem não é responsável pelo que diz. Caso, após tantos anos, Costa Neves, e outros com igual prestação, ainda não tenham percebido, a credibilidade de um político também passa por aí...

1 comentário:

Anónimo disse...

O sr Costa Neves que já passou pelos mais diversos patamares da governação chegando até ministro do reino, deu agora em fabulador. Um candidato que se preze apresenta no seu curriculo tudo e mais alguma coisa sobretudo aquelas coisas apelativas ao coração do povo , identificando-se com o seu múnus chegando a extremos tão proletários como César que foi, imagine-se, tipógrafo - hoje deveria corrigir para linotipista ou então o que faz Carlos Tomé aprendiz outrora de jornalista no Diário dos Açores?
Mas voltando ao sr Neves, será assim tão necessário recorrer às criaturas do mar para fazer pedagogia política? Ou serão saudades do seu misnistério transformado agora em aquário de fábulas?!...
PS O peixe morre pela boca.