sábado, junho 24

CHÁ DAS CINCO #122


Regiões, o Lado B da História

Maragall não será o candidato socialista às eleições catalãs

"O socialista Pasqual Maragall confirmou ontem que não é candidato à reeleição como presidente do governo autónomo da Catalunha nas eleições regionais antecipadas...
... Numa declaração oficial no Palácio da Generalitat, em Barcelona, Maragall, de 66 anos, afirmou que cumpriu os objectivos "como pessoa, como partido e como governo" e que é altura da Catalunha ser governada "por uma nova geração".
O presidente do governo autónomo catalão - que depois da recente expulsão da Esquerda Republicana da Catalunha (ERC) é composto apenas pelo PSC e Iniciativa por Catalunha-Verdes (ICV) - precisou ainda que vai dissolver o parlamento autonómico "em finais de Agosto"...
...A renúncia, há muito alvo de especulação, surge três dias depois da aprovação em referendo do novo Estatuto da Catalunha, um documento polémico que causou a divisão da coligação tripartida catalã (com a ERC a apoiar o "Não" ao estatuto)..."
Diário de Notícias, 22 de Junho

Bélgica - Um País que está a acabar?
“…a imprensa flamenga mal prestou atenção à decisão da Câmara dos Representantes de tomar em consideração uma resolução do Vlaams Belang (VB, partido independentista flamengo de extrema-direita), pedindo ao Governo para iniciar os preparativos com vista à dissolução do país (todos os deputados flamengos votaram a favor e os valões votaram contra). Parece-me que não é uma questão de somenos...
...Parece-me que este «já» (sim) colectivo flamengo abre lentamente a via ao processo de divórcio, porque desloca o debate da Rue de la Loi (sede do Governo e do Parlamento) para a mesa da cozinha: a partir do momento em que se colaça explicitamente a continuidade de uma relação na ordem do dia, o génio sai da garrafa e a outra parte é obrigada a tê-la em conta. Não é necessariamente negativo. Até pode ser mais saudável iniciar a discussão sobre o futuro da organização do Estado sem tabus. Mas, na Valónia, esta iniciativa passa naturalmente pela manifestação do radicalismo e do separatismo flamengos. E os deputados flamengos provavelmente aperceberam-se disso. Se quisermos que o país continue a existir, não podemos impedir que uma tal votação sobre as bases comunitárias seja sentida como uma bofetada pela outra parte…”
Geert Buelens, Courrier Internacional de 16 de Junho.

1 comentário:

Anónimo disse...

Estes Europeus!!!