quinta-feira, setembro 30


Antero, por Columbano Bordalo Pinheiro
"Meus Senhores:
A decadência dos povos da Península nos três últimos séculos é um dos factos mais incontestáveis, mais evidentes da nossa história: pode até dizer-se que essa decadência, seguindo-se quase sem transição a um período de força gloriosa e de rica originalidade, é o único grande facto evidente e incontestável que nessa história aparece aos olhos do historiador filósofo. Como peninsular, sinto profundamente ter de afirmar, numa assembleia de peninsulares, esta desalentadora evidência. Mas, se não reconhecermos e confessarmos francamente os nossos erros passados, como poderemos aspirar a uma emenda sincera e definitiva? O pecador humilha-se diante do seu Deus, num sentido acto de contrição, e só assim é perdoado. Façamos nós também, diante do espírito de verdade, o acto de contrição pelos nossos pecados históricos, porque só assim nos poderemos emendar e regenerar.(...)"

In, Causas da decadência dos povos peninsulares nos últimos três séculos. Discurso proferido por Antero de Quental, numa sala do Casino Lisbonense, em Lisboa, no dia 27 de Maio de 1871, durante a 1.ª sessão das Conferências Democráticas.
(o sublinhado é da responsabilidade do blogger)

TARTUFFE


Tartufo: Personagem de uma comédia de Moliére, que se popularizou como a encarnação de um tipo de homem hipócrita, cínico e falso. Esta comédia, em cinco actos, escrita em verso, é considerada uma das melhores da literatura francesa. O protagonista, que simboliza o falso devoto, com uma fingida piedade e todas as características da hipocrisia, é apresentado primeiramente num estado de grande miséria. Para melhorar a sua situação resolve explorar o sentimento do medo do inferno. Só lhe falta encontrar uma vítima...
In Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, Vol 30, pag 775
(este post é dedicado a todos os Orgons do Reino)

quarta-feira, setembro 29

«Os Surrealistas»


Henrique Risques Pereira, Mário Henrique Leiria, António Maria Lisboa, Pedro Oom (sentado), Mário Cesariny, Cruzeiro Seixas, Carlos Eurico da Costa e Francisco Alves dos Santos, na primeira exposição, Junho de 1949.

Leite Azedo
"Afinal o que importa é não ter medo de chamar o gerente e dizer muito alto ao pé de muita gente:
Gerente! Este leite está azedo!"
Mário Cesariny, in Nobilíssima Visão
(post dedicado à Unileite e à RDP-Açores)

terça-feira, setembro 28


Antero de Quental (1842-1891)


HINO À RAZÃO

Razão, irmã do Amor e da Justiça,
Mais uma vez escuta a minha prece,
É a voz dum coração que te apetece,
Duma alma livre, só a ti submissa.

Por ti é que a poeira movediça
De astros e sóis e mundos permanece;
E é por ti que a virtude prevalece
E a flor do heroísmo medra e viça.

Por ti, na arena trágica, as nações
Buscam a liberdade, entre clarões:
E os que olham o futuro e cismam, mudos,

Por ti, podem sofrer e não se abatem,
Mãe de filhos robustos, que combatem
Tendo o seu nome escrito em seus escudos!

in Antologia Poética de Antero de Quental,
Selecção e notas de Ruy Galvão de Carvalho

É d'Homem

"Os Açores são um grande Rabo de Peixe"
Manuel Moniz, MPT in debate na RTP-Açores dia 27 de Setembro

Angrajazz


O Swing dos Açores está na Terceira ...

segunda-feira, setembro 27

SINAL VERDE AO DESENVOLVIMENTO

(...) não posso deixar de apontar o dedo àqueles que, elegendo o desenvolvimento harmónico como húmus autonómico, procuram no betão, polvilhado pelas nove ilhas, um sinónimo de progresso, sem antes definirem uma estratégia para a sua sustentabilidade.(...)

BEM-VINDOS




“(…) As folhas, alternas, simples e articuladas da planta do chá são juntas em cestos enfiados no braço esquerdo que alegre e delicadamente conduzem ao recinto onde os maquinismos as transformam até nos darem esse produto que posto em infusão, em água quente, que tem de ser da melhor, nos proporciona uma das mais agradáveis, úteis e usuais bebidas, pretexto de reuniões, onde é saboreada e, entre cada gole, se dizem muitas futilidades ou se tratam importantes assuntos (…)”
Eng. António Hintze Ribeiro, “Do Chá dos Açores”, in Livro do Primeiro Congresso Açoriano, 1938.